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IPO do Dropbox: o caminho para voltar a inovar

ÀS SETE - A empresa espera captar 500 milhões de dólares em sua oferta pública inicial (IPO) que deve acontecer até o fim desta semana

Dropbox: 10 anos após ser criado, chega a hora de a empresa de armazenamento de arquivos em nuvem abrir seu capital na Nasdaq (Thomas White/Reuters)

Dropbox: 10 anos após ser criado, chega a hora de a empresa de armazenamento de arquivos em nuvem abrir seu capital na Nasdaq (Thomas White/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 21 de março de 2018 às 06h38.

Última atualização em 21 de março de 2018 às 07h11.

Cerca de 10 anos após ser criado, chega a hora de a empresa de armazenamento de arquivos em nuvem Dropbox abrir seu capital na Nasdaq — onde estão a maior parte das empresas de tecnologia dos Estados Unidos.

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A empresa espera captar 500 milhões de dólares em sua oferta pública inicial (IPO) que deve acontecer até o fim desta semana. O preço  das ações, que serão negociadas com a sigla DBX, deve ficar na faixa entre 16 e 18 dólares.

O Dropbox briga num mercado de tubarões da tecnologia, que disponibilizam algum tipo de solução em nuvem, como Google, Amazon, Microsoft e Apple, além de empresas menores que já abriram capital com produto semelhante, como BOX ou Atlassian Corp.

Mas, então, o que é que o Dropbox tem de diferente? Além da facilidade de uso, a plataforma tem 11 milhões de usuários pagantes (ao todo são 500 milhões de pessoas registradas) e um crescimento acelerado. O Dropbox tem hoje quase o dobro de pagantes do que tinha em 2016.

Nas informações preliminares divulgadas para o IPO, o Dropbox mostrou que o faturamento cresceu 82,4% nos últimos três anos, passando de 603 milhões de dólares em 2015 para 1,1 bilhão no ano passado.

Embora a companhia tenha tido prejuízos em todos esses anos, as perdas são cada vez menores: eram de 326 milhões de dólares em 2015 e foram de 111,7 milhões de dólares no ano passado.

Na última rodada de captação, o Dropbox levantou 600 milhões de dólares em investimentos privados, o que avaliou a companhia em 10 bilhões — um número considerado elevado; analistas estimam que um valor mais justo seria entre 7,5 e 8,5 bilhões.

O verdadeiro problema do Dropbox é, no entanto, as poucas adições de funcionalidade desde que a plataforma foi aberta em 2008. Nos últimos 10 anos, uma das principais “inovações” do Dropbox foi um editor de documentos colaborativos — um produto que um competidor muito maior, o Google, oferece no mercado para indivíduos e empresas.

A empresa diz que irá usar o dinheiro do IPO para aumentar os investimentos em pesquisa e desenvolvimento, além de incrementar a infraestrutura técnica e contratar novos funcionários para trabalhar em engenharia, produto e design. Se o IPO der certo, o Dropbox terá fundos para fazer o que fez muito pouco nos últimos tempos: inovar.

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