Banco do Brasil: no Brasil, o Banco Central estabelece como piso que os bancos tenham um Basileia de 11 %. Normalmente, os bancos operam com patamares superiores a esse índice. (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 11 de abril de 2013 às 16h37.
São Paulo - A oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da BB Seguridade deve fazer com que a base de capital do Banco do Brasil se aproxime da média dos rivais privados, afirmou a Moody's nesta quinta-feira.
Em relatório, a agência de classificação de risco de crédito considerou que, se a operação for precificada a 15 por ação (no piso da faixa indicativa de 15 a 18 reais), o BB teria um alta de cerca de 1 ponto percentual no capital de nível 1.
O capital de nível 1 é o principal componente do índice de Basileia, termômetro internacional utilizado para medir a solidez de instituições financeiras e representa a reserva de capital dos bancos em relação aos seus empréstimos.
No Brasil, o Banco Central estabelece como piso que os bancos tenham um Basileia de 11 %. Normalmente, os bancos operam com patamares superiores a esse índice.
Segundo a Moody's, o capital de nível 1, composto basicamente pelos ativos do patrimônio líquido, era de 10,6 % para o BB em dezembro, abaixo da média de 12 % do sistema.
Como o IPO da BB Seguridade envolve apenas uma oferta secundária --de ações detidas pelo controlador --, os recursos levantados vão integralmente para o BB, que detém 100 % da companhia. A expectativa é de que a operação possa movimentar mais de 12 bilhões de reais.
"Uma maior base de capital permitirá ao BB crescer via aquisições", avaliou a Moody's, mencionando a possibilidade de o banco aumentar sua fatia no capital do Banco Votorantim --hoje em 50 %-- ou comprar mais um banco nos Estados Unidos.
Mais cedo neste mês, a Reuters publicou que o BB estuda aquisições na Flórida e em Nova Jérsei. Um dos alvos é a unidade do espanhol Bankia na Flórida, onde o BB comprou o EuroBank, por 6 milhões de dólares, há dois anos.