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IPCA, inflação nos EUA e tarifas sobre o aço: o que move o mercado

Após o pregão, CSN, CSN Mineração, Casas Bahia, Cogna, Dexco, SLC Agrícola e Tenda divulgarão seus resultados trimestrais

Carolina Ingizza
Carolina Ingizza

Redatora na Exame

Publicado em 12 de março de 2025 às 07h56.

O mercado financeiro começa a quarta-feira, 12, atento aos dados de inflação no Brasil e nos Estados Unidos (EUA), que podem influenciar as apostas para a política monetária.

A divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de fevereiro, às 9h, é o destaque local. De acordo com o Broadcast, a mediana das projeções aponta para um aumento de 1,32% no mês, elevando o acumulado em 12 meses para acima de 5%. A alta deve ser impulsionada por energia elétrica, combustíveis e alimentos.

Além do IPCA, o mercado acompanha a primeira prévia do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) de março, às 8h, e os dados da caderneta de poupança de fevereiro, às 9h. À tarde, às 14h30, o Banco Central divulga o fluxo cambial semanal.

No exterior, os investidores aguardam a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) de fevereiro nos EUA, previsto para as 9h30, que pode alterar as projeções para os próximos passos do Federal Reserve (Fed).

Após o fechamento do pregão, Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), CSN Mineração, Casas Bahia, Cogna, Dexco, SLC Agrícola e Tenda divulgarão seus resultados trimestrais. Nos EUA, a Adobe publica seu balanço nesta quarta-feira.

Novo consignado e tarifas ao aço

No âmbito político, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva realiza um grande evento em Brasília para lançar o novo crédito consignado privado. A expectativa do governo é que, em até cinco dias após a regulamentação, a plataforma de oferta do produto já esteja operacional. O ministro Fernando Haddad participará da cerimônia às 11h no Palácio do Planalto.

Antes disso, às 9h30, Haddad se reúne com Marco Pollo de Mello Lopes, presidente do Instituto Aço Brasil. A Casa Branca confirmou que entraram em vigor as tarifas de 25% sobre o aço e o alumínio importados pelos EUA. O Brasil não conseguiu uma isenção e foi incluído na medida, que também atinge o Canadá e outros parceiros comerciais.

Mercados internacionais

Os mercados asiáticos apresentaram desempenho misto nesta quarta-feira, 12, influenciados pela incerteza em torno das tarifas comerciais dos EUA. O Nikkei 225 do Japão encerrou praticamente estável, enquanto o Topix avançou 0,91%. Na Coreia do Sul, o Kospi subiu 1,47%, e o Kosdaq teve alta de 1,11%. Em Hong Kong, o Hang Seng caiu 1,36%, enquanto o chinês CSI 300 perdeu 0,36%. Na Austrália, o S&P/ASX 200 recuou 1,32%.

Na Europa, os mercados abriram em alta, impulsionados pela decisão da União Europeia (UE) de impor tarifas retaliatórias sobre importações de aço e alumínio dos EUA. O índice Stoxx 600 subia 0,6% logo após a abertura e o DAX da Alemanha avançava 1,3%.

Em Wall Street, os contratos futuros avançam nesta manhã, com investidores atentos ao CPI de fevereiro e ao impacto das novas tarifas. Às 7h do horário de Brasília, os futuros do Dow Jones subiam 0,22%, enquanto os do S&P 500 e Nasdaq 100 avançavam 0,29% e 0,33%, respectivamente.

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