Invest

IPCA de janeiro, deflação na China, BB e reação à Alpargatas: 4 assuntos que movem o mercado

Minério de ferro sobe em último pregão antes de feriado chinês de uma semana; no Brasil, economistas esperam por queda da inflação

Roberto Campos Neto, presidente do BC: IPCA mais fraco pode reacender esperança por queda de juros mais agressiva (Lula Marques/Agência Brasil)

Roberto Campos Neto, presidente do BC: IPCA mais fraco pode reacender esperança por queda de juros mais agressiva (Lula Marques/Agência Brasil)

Publicado em 8 de fevereiro de 2024 às 08h23.

Última atualização em 8 de fevereiro de 2024 às 08h27.

O mercado internacional iniciou esta quinta-feira, 8, sem uma direção definida, ainda tendo como pano de fundo os resultados corporativos do quarto trimestre. O dia é o último antes do feriado do Ano Novo Chinês, em que as bolsas da China ficam fechadas por uma semana. Nesta madrugada, o minério de ferro fechou em alta de 2%, com sinais de que o país faria estímulos para financiamentos de moradias.

Deflação na China

A China tem passado por um momento adverso, com uma crise de centenas de bilhões de dólares em seu mercado imobiliário e sinais de fraqueza em seus bancos paralelos, os chamados "shadow banks". Nesta madrugada, o país apresentou uma deflação anual de 0,8% em seu Índice de Preço ao Consumidor de janeiro, mais forte que a queda de 0,5% da inflação prevista por economistas. A deflação para o produtor chines foi de 2,5%. Segundo economistas, a produção de bens na China estaria mais forte do que a demanda, o que estaria contribuindo para a queda de preços.

IPCA

A história é bem diferente da ocidental, onde os bancos centrais fizeram grandes altas de juros nos últimos anos para controlar a inflação. No Brasil, onde o ciclo de queda de juros já está a todo vapor, investidores deverão repercutir o Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA) de janeiro, que será divulgado nesta manhã. A expectativa é de uma queda anual de 4,62% para 4,42% no acumulado de 12 meses. Números mais fracos, em teoria, tendem a dar alguma esperança para uma aceleração no ritmo de cortes de juros.

Banco do Brasil: o mais lucrativo do país?

Por aqui, ainda segue fazendo preços a agenda de balanços do quarto trimestre. A temporada de resultados se estenderá até o início de março, mas os principais bancos privados já apresentaram seus balanços (com exceção do Nubank, listado nos EUA). O principal destaque, até agora, foi o Bradesco, que mais uma vez decepcionou o mercado. O Bradesco fechou 2023 com um balanço mais fraco que o de 2022, quando já havia antecipado as provisões do "caso Americanas". O mercado cobrou o preço e as ações caíram 16%.

Nesta quinta, o resultado mais aguardado é o do Banco do Brasil, previsto para após o encerramento do pregão. O banco, com parte significativa das operações voltadas para o agronegócio, tem apresentado os maiores lucros do setor. Até o terceiro trimestre, o BB havia dado R$ 25 bilhões de lucro contra R$ 24,2 bilhões do Itaú. Só que, no quarto trimestre, o Itaú teve um forte resultado, com lucro de R$ 9,4 bilhões.

Alpargatas tem prejuízo de R$ 1,6 bi

Investidores ainda irão reagir neste pregão aos resultados da última noite. Entre os destaques esteve o da Alpargatas, que registrou prejuízo líquido de R$ 1,6 bilhão. No mesmo período de 2022, o prejuízo foi de R$ 20 milhões. No ano, a empresa fechou com queda de 10% na receita, impactada pelo menor volume de vendas.

Acompanhe tudo sobre:bolsas-de-valoresHavaianasBB – Banco do BrasilIPCAChina

Mais de Invest

Lucro da Meta (META) supera previsões, mas empresa projeta alta de custos em 2025

Ação da Tesla (TSLA) sobe no after market mesmo com lucro e receita abaixo do esperado

Anúncio de novo consignado privado faz ações dos bancos caírem no Ibovespa

9 dicas para organizar as contas no começo do ano