São Paulo - Analistas da corretora Alpes avaliaram possíveis cenários para a bolsa brasileira em função do resultado da eleição presidencial deste ano.
Em relatório enviado a clientes, eles acreditam que, independentemente do vencedor, será possível encontrar boas ações para investir.
Segundo a equipe de análise da corretora, caso a presidente Dilma Rousseff, do PT, vença as eleições, a melhor opção seriam “as ações de setores mais defensivos, privilegiando uma escolha cuidadosa de papéis (stock picking)”.
As empresas escolhidas pelos investidores deveriam ter em comum um alto poder de segurar seus preços e também forte resistência a cenários de crise.
Além disso, devem ser boas geradoras de caixa e com baixo endividamento.
“Empresas exportadoras, beneficiadas por um cenário de real desvalorizado e aquelas ligadas a programas de incentivos do governo, como o Minha Casa, Minha Vida” também estariam entre as melhores escolhas.
Entre as empresas destacadas, estão a fabricante de bebidas Ambev, a empresa de cartões Cielo, a Cosan, do setor de álcool e açúcar e distribuição de combustíveis, a Ultrapar do setor químico e dona dos postos Ipiranga, a mineradora Vale, Klabin, de papel e celulose, a BR Foods, de alimentos, a Embraer, a construtora Direcional e Kroton, de educação.
Quais evitar?
No caso de uma reeleição de Dilma, segundo os analistas da Alpes, é melhor ficar longe de ações de empresas estatais e de setores regulados pelo governo.
Esses papéis tiveram fortes momentos de alta até agora, reagindo a rumores sobre pesquisas eleitorais.
De acordo com a corretora, se o partido de situação vencer, “as ações dessas empresas podem devolver os ganhos”.
Portanto, nada de correr para ações da Petrobras, do Banco do Brasil e das empresas do setor elétrico, dentre outras.
E se a oposição levar?
Em caso de vitória da oposição, a Alpes acredita que a entrada de capital especulativo, atraído por possíveis mudanças na economia, impulsionaria a bolsa como um todo.
Assim, os analistas recomendam que os investidores privilegiem empresas com uma maior correlação positiva entre o preço de sua ação e o desempenho do Ibovespa. Dessa forma, se o índice subir, a ação subirá também.
Outro segmento para investir é o de estatais, já que uma mudança no governo traria expectativa de melhora na governança dessas companhias.
Empresas de setores regulados também seriam boa opção, “com maior respeito a contratos e marcos regulatórios”.
Ações de empresas do setor industrial estão na lista da Alpes também, pois os analistas acreditam que uma vitória da oposição traria menor intervenção do governo na economia e na política cambial.
As empresas com ações que poderiam render bons lucros nesse cenário são Petrobras, Eletrobras, Banco do Brasil, Cemig, AES Tietê, Itaú Unibanco, CCR, Tupy, Weg e Lojas Renner.
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1. Deixando o Ibovespa para trás
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1/31 (Getty Images)
São Paulo – Nos últimos 12 meses, o
Ibovespa acumulou uma valorização de 10,8%. Você verá a seguir quais foram as empresas que superaram o desempenho do principal índice da Bolsa no período de um ano. Atualmente, todas as companhias parte da carteira teórica do Ibovespa. Confira.
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2. Kroton (KROT3)
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2/31 (Divulgação)
Variação da ação em 365 dias: + 100,76% O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou em maio a fusão entre Kroton e Anhanguera, que criará a maior empresa de ensino privado do país e uma das maiores do mundo, com cerca de 1,1 milhão de alunos.
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3. BB Seguridade (BBSE3)
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3/31 (Bovespa)
Variação da ação em 365 dias: +86,32% A BB Seguridade anunciou que seu controlador Banco do Brasil, a BB Corretora de Seguros, a Icatu e a Brasilcap assinaram contrato de cessão de direitos para iniciar a venda de produtos de capitalização nas agências do Banco do Brasil originárias do Banco Nossa Caixa.
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4. Estácio (ESTC3)
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4/31 (Divulgação)
Variação da ação em 365 dias: +80,76 O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, por unanimidade, a operação de compra da UniSEB pela Estácio Participações. O negócio entre as companhias de educação vai aumentar a capilaridade da Estácio na modalidade de ensino a distância (EAD).
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5. Cielo (CIEL3)
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5/31 (Divulgação)
Variação da ação em 365 dias: +74,54% A receita líquida da Cielo com antecipação de recebíveis, na qual é excluído o custo de captação gerencial, alcançou 191,0 milhões de reais nos três primeiros meses de 2014, aumento de 53,4% em 12 meses e de 2,2% ante o trimestre anterior.
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6. TIM (TIMP3)
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6/31 (Alessia Pierdomenico/Bloomberg)
Variação da ação em 365 dias: + 67,89% A Telefônica perdeu no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) mais uma batalha para evitar que tenha que vender 50% do controle da Vivo ou se desfazer da participação indireta na TIM Brasil.
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7. Eletropaulo (ELPL4)
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7/31 (GERMANO LUDERS)
Variação da ação em 365 dias: +55,88% No primeiro trimestre deste ano, a companhia teve lucro líquido ajustado de 89,6 milhões de reais, ante prejuízo ajustado de R$ 19,9 milhões de janeiro a março de 2013.
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8. Eletrobras (ELET3)
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8/31 (Adriano Machado/Bloomberg)
Variação da ação em 365 dias: +55% Os papéis da Eletrobras foram impulsionados pelo rali eleitoral. Desde o início da divulgação das pesquisas de intenção de voto, a ação da empresa teve valorização de 33%.
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9. CESP (CESP6)
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9/31 (Divulgação/Cesp)
Variação da ação em 365 dias: +54,55% A geradora de energia estatal paulista viu seu lucro líquido saltar cerca de 2 vezes e meia no primeiro trimestre ante mesmo período do ano passado, diante de fortes ganhos com a venda de energia em momento de preços altos no curto prazo. No primeiro trimestre, o lucro líquido foi de 844,8 milhões de reais.
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10. CSN (CSNA3)
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10/31 (Germano Lüders/EXAME.com)
Variação da ação em 365 dias: +54,32% A CSN anunciou desde início do ano três programas de recompra de ações. No primeiro trimestre, o lucro líquido da companhia foi de 52 milhões de reais.
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11. GOL (GOLL4)
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11/31 (Divulgação/GOL)
Variação da ação em 365 dias: +44,84% A GOL registrou lucro operacional de 101 milhões de reais no primeiro trimestre deste ano, o que representa um crescimento de 1.293,2% ante os 7 milhões de reais anotados ao final de março de 2012.
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12. Light (LIGT3)
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12/31 (BIA PARREIRAS/EXAME)
Variação da ação em 365 dias: +58,92% A Light prevê investir 4,5 bilhões de reais entre 2014 e 2017, informou a empresa de energia. Desse total, 1,05 bilhão de reais serão investidos em 2014, aumento de 24,8% sobre 2013, quando foram de 845 milhões de reais.
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13. Cetip (CTIP3)
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13/31 (Reprodução)
Variação da ação em 365 dias: +42,33% A Cetip que teve lucro líquido de 100 milhões de reais no primeiro trimestre, alta de 24,9% ante mesma etapa do ano passado.
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14. Eletrobras (ELET3)
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14/31 (Adriano Machado/Bloomberg)
Variação da ação em 365 dias: +55% Os papéis da Eletrobras foram impulsionados pelo rali eleitoral. Desde o início da divulgação das pesquisas de intenção de voto, a ação da empresa teve valorização de 33%.
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15. Qualicorp (QUAL3)
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15/31 (Getty Images)
Variação da ação em 365 dias: +40,27% O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, a compra de empresas controladas pela Tempo Participações pela administradora de benefícios de saúde Qualicorp.
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16. Anhanguera (AEDU3)
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16/31 (Divulgação)
Variação da ação em 365 dias: +38,07% As empresas de educação Kroton e Anhanguera receberam aprovação governamental para criarem uma gigante com valor de mercado de 22 bilhões de reais e um conjunto de mais de 1 milhão de alunos no país.
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17. Itaú Unibanco (ITUB4)
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17/31 (Wikimedia Commons)
Variação da ação em 365 dias: +32,92% O banco registrou lucro líquido de 4,42 bilhões de reais no primeiro trimestre deste ano, um aumento de 27,3%, na comparação com o mesmo período do ano passado.
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18. Cemig (CMIG4)
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18/31 (Divulgação)
Variação da ação em 365 dias: +31,51% A companhia teve lucro líquido de 1,25 bilhão de reais, um aumento de 44,5% frente ao mesmo período do ano passado.
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19. JBS (JBSS3)
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19/31 (Paulo Fridman/Bloomberg)
Variação da ação em 365 dias: +30,25% A JBS iniciou uma oferta de recompra de saldos em aberto dos títulos de dívida de notas com vencimento em 2016. No total, a oferta abrange até 650 milhões de dólares.
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20. Santander (SANB11)
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20/31 (David Ramos/Bloomberg)
Variação da ação em 365 dias: +28,22% O Santander da Espanha anunciou que irá adquirir parte dos papéis que ainda não controla e que correspondem a 25% do total. A matriz se comprometeu a comprar as ações dos acionistas minoritários com um ágio de 20% sobre a cotação das ações do Santander Brasil.
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21. Banco do Brasil (BBAS3)
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21/31 (Adriano Machado/Bloomberg News)
Variação da ação em 365 dias: +26,18% O banco teve valorização de 22% desde março, quando iniciaram a divulgação das pesquisas de intenção de voto para presidente.
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22. Localiza (RENT3)
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22/31 (Divulgação)
Variação da ação em 365 dias: +24,36% A Localiza teve lucro líquido de 105,8 milhões de reais no período entre janeiro e março deste ano, uma alta de 19,1% ante igual período do ano passado e um recorde trimestral.
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23. Itaúsa (ITSA4)
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23/31 (Luísa Melo/Exame.com)
Variação da ação em 365 dias: +22,24% A companhia registrou um lucro consolidado de 1,784 bilhão de reais no primeiro trimestre deste ano, alta de 29,5% sobre igual período de 2013.
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24. Hypermarcas (HYPE3)
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24/31 (Divulgação)
Variação da ação em 365 dias: +20,08% A Hypermarcas tornou-se, em março deste ano, a maior empresa do segmento de produtos farmacêuticos do Brasil, levando-se em conta a participação de mercado. A companhia atingiu participação de 9,9% no primeiro trimestre de 2014, um recorde para o período que a coloca em segundo lugar no ranking.
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25. Bradesco (BBDC4)
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25/31 (Pedro Lobo/Bloomberg News)
Variação da ação em 365 dias: +18,51% O Bradesco irá oferecer a opção do pagamento de contas com cartões de outros bancos em sua rede de agências nos próximos meses.
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26. Lojas Americanas (LAME4)
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26/31 (Raul Junior)
Variação da ação em 365 dias: +17,53% A companhia deve manter a abertura de 100 lojas por ano, mantendo o ritmo de expansão entre 2009 e 2013. O lucro líquido da empresa foi de 25,9 milhões de reais de janeiro a março, queda de 55% ante mesmo etapa de 2013.
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27. Suzano (SUZB5)
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27/31 (Germano Lüders/EXAME.com)
Variação da ação em 365 dias: +16,52% A Suzano Papel e Celulose fechou um acordo para comprar o Fundo Vale Florestar, que tem 45 mil hectares de florestas de eucalipto plantadas em áreas arrendadas no Pará, por 528,94 milhões de reais.
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28. Brasil Foods (BRFS3)
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28/31 (Germano Lüders/EXAME.com)
Variação da ação em 365 dias: 15,74% A companhia contratou uma linha de crédito rotativo no valor de US$ 1 bilhão para um prazo de cinco anos. Os bancos facilitadores líderes - Citigroup Global Markets, HSBC Securities (USA), Morgan Stanley Senior Funding e Santander Investment Securities - levantaram linhas de crédito junto a um sindicato de 28 bancos globais.
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29. MRV (MRVE3)
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29/31 (Reprodução)
Variação da ação em 365 dias: +14,55% A companhia será uma das principais beneficiadas com a terceira etapa do programa Minha Casa, Minha Vida.
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30. Bradesco (BBDC3)
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30/31 (Adriano Machado/Bloomberg News)
Variação da ação em 365 dias: +13,19% O Bradesco divulgou o lucro de 3,443 bilhões de reais no primeiro trimestre deste ano, valor que é o 3º maior já obtido na história do setor financeiro.
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31. Veja agora as ações campeãs de valorização desde a última Copa do Mundo
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31/31 (Getty Images/ Michael Steele)