Analista da Ágora recomenda a compra das ações da OHL Brasil (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 29 de junho de 2011 às 11h46.
São Paulo – Após incorporar os últimos resultados apresentados, novas premissas macroeconômicas, expectativas mais otimistas para o fluxo de veículos e a adoção dos novos padrões contábeis, a Ágora Corretora elevou nesta quarta-feira (29) o preço-alvo da concessionária de rodovias OHL Brasil (OHLB3).
Em relatório, o analista Luiz Otávio Broad ampliou sua estimativa para as ações ordinárias da OHL de 65,50 para 71,80 reais por ação até dezembro deste ano. O valor representa um potencial de alta de 5,58% frente à cotação de 68 reais vista no fechamento do pregão de ontem (28). A sugestão para comprar os papéis foi reiterada.
Segundo Broad, a expectativa é que a companhia contabilize um aumento de 19,5% no Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), para 997,2 milhões de reais em 2011, influenciada pela plena operação das praças de pedágio, pelo crescimento do número de veículos e pelo avanço do preço cobrado nas tarifas.
Para a Ágora, o investimento nas ações da OHL Brasil “é uma forma de se defender contra o aumento da inflação no país”, já que os ajustes nos preços das tarifas dos pedágios administrados pela OHL Brasil são feitos de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M).
Outro fator apontado como positivo pelo analista são os “fortes investimentos” projetados para a companhia entre 2011 e 2015, principalmente nas concessões federais. A empresa investirá 4,3 bilhões de reais neste período, segundo estimativas da Ágora. Apenas neste ano, o total será de 1,065 bilhão de real.
Grande parte do montante virá do acordo firmado em 2009 entre a OHL Brasil e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Parte do financiamento de 3 bilhões de reais já foi concedida. O restante das parcelas deve ser liberado ainda neste ano, prevê a Ágora.
“O apoio do BNDES será muito importante para o financiamento destes investimentos, reduzindo o risco financeiro da empresa”, destacou Broad, mesmo apesar de projetar um aumento da alavancagem da empresa nos próximos anos. Em sua análise, o analista considerou uma taxa de pagamento de dividendos de 25% do lucro líquido ajustado.