Vale: reestruturação societária ainda será votada (Pilar Olivares/Reuters)
Rita Azevedo
Publicado em 11 de maio de 2017 às 12h35.
Última atualização em 11 de maio de 2017 às 16h49.
São Paulo — A Vale informou, na manhã desta quinta-feira, que recebeu a proposta final da Valepar, sua controladora, para a reestruturação societária da empresa.
O plano, que ainda deve ser votado pelos acionistas, prevê a transformação da empresa numa sociedade "sem controle definido", além de mudanças nas atuais regras de governança corporativa para a entrada da companhia no segmento Novo Mercado da B3.
As ações da Vale, que operavam em baixa seguindo os preços do minério de ferro, reduziram as perdas logo após o anúncio e chegaram a ser negociadas em leilão.
Por volta das 16h30, os papéis ordinários caíam 0,98%, cotados a 26,30 reais. Já os preferenciais registravam perdas de 1,70%, a 24,89 reais cada um.
Segundo o documento enviado ao mercado, a proposta partiu dos acionistas Litel Participações, Litela Participações, Bradespar, Mitsui e BNDESPAR.
O plano é composto de três etapas "indissociáveis e interdependentes", sendo que a eficácia de cada uma é condicionada ao sucesso das demais.
A primeira delas prevê a conversão das ações preferenciais classe A (VALE5) em ações ordinárias (VALE3). A relação será de 0,9342 ação ordinária para cada preferencial classe A.
Depois, o estatuto social da companhia será alterado para permitir a listagem no segmento Novo Mercado.
Por último, a Vale irá incorporar a Valepar, com uma relação de substituição que contemple um prêmio de 10% aos acionistas da Valepar e represente uma diluição de 3% da participação dos demais acionistas.