Bovespa: investidores preferiram tomar fôlego antes de efetuar novas compras e optaram por embolsar lucros (Alexandre Battibugli/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 19 de setembro de 2013 às 17h56.
São Paulo - O principal índice da Bovespa caiu 1 por cento nesta quinta-feira, devolvendo parte da forte alta da véspera, quando investidores comemoraram a decisão do banco central norte-americano de manter o ritmo atual de seu programa de estímulo à economia.
O Ibovespa recuou 1,09 por cento, a 55.095 pontos. O giro financeiro do pregão foi de cerca de 7 bilhões de reais.
Depois de o índice ter atingido seu maior nível desde o fim de maio na última sessão, com alta de 2,64 por cento, investidores preferiram tomar fôlego antes de efetuar novas compras e optaram por embolsar lucros.
"Depois da alta de ontem, talvez abriu-se espaço para uma realização, mas o 'mood' continua sendo positivo para a bolsa por causa da decisão do Federal Reserve de manter os estímulos", disse o economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Rosa. "Isso talvez continue trazendo um fluxo externo maior para cá, pode dar um alento nas próximas semanas".
O Fed surpreendeu os mercados na quarta-feira ao anunciar que manterá por enquanto o ritmo atual de seu programa de compra de títulos, que injeta mensalmente 85 bilhões de dólares na economia. Investidores temem que a redução do programa do Fed reduza a liquidez internacional e o apetite por ativos mais arriscados, como os de países emergentes.
Segundo o analista de renda variável da Leme Investimentos João Pedro Brugger, a queda do índice nesta quinta também refletiu questões de ordem técnica, já que o patamar dos 55 mil pontos, superado na quarta-feira, oferece significativa resistência.
Nesta sessão, exerceu forte influência negativa sobre o índice a ação da petroleira OGX, com queda de 9,09 por cento, devolvendo parte da alta de 10 por cento no último pregão. Derrubaram o Ibovespa ainda os setores de construção e siderurgia, que também haviam subido com força na véspera.
Em sentido oposto, avançaram ambos os papéis da Oi, depois de o Conselho de Administração da empresa de telecomunicações ter aprovado o pagamento de 500 milhões de reais em dividendos intermediários.