Investidores globais voltam a apostar em países emergentes após desconfiança com a China (Peng Song/Getty Images)
Agência de notícias
Publicado em 15 de setembro de 2023 às 19h16.
Última atualização em 15 de setembro de 2023 às 19h26.
Os investidores de renda variável parecem ter superado as preocupações com o impacto global dos problemas econômicos da China e começam a apostar novamente em outros mercados emergentes.
O índice da MSCI para ações de emergentes que exclui a China subiu 1,5% nesta semana, o maior ganho em dois meses. O valor de mercado dos papéis no indicador — que inclui 47 brasileiras como Vale (VALE3), Petrobras (PETR4) e Itaú (ITUB4)— subiu US$ 45 bilhões até quinta-feira.
Seguem quatro tendências do descasamento entre outros emergentes e a China:
Desde o início do ano, o valor das ações de emergentes, excluindo a China, tem subido, enquanto o valor dos papéis da potência asiática caiu para menos de US$ 10 trilhões, de um recorde de US$ 13,1 trilhões há menos de dois anos.
Um índice de ações de mercados emergentes, excluindo a China, atingiu o nível mais elevado desde 2014 quando comparado com o CSI 300 da China em dólar. O desempenho divergente é impulsionado principalmente pelos ganhos da fabricante de chips taiwanesa TSM, da brasileira Vale e da sul-coreana SK Hynix. Por outro lado, o Alibaba e a Tencent deram a maior contribuição para as perdas na China.
A bom desempenho da economia americana ajuda a acalmar os nervos dos investidores em renda variável preocupados com a China. O indicador de volatilidade implícita nas opções de S&P 500, o VIX, esta semana teve sua maior queda desde janeiro.
Os pessimistas começam a retirar suas apostas contra ações dos mercados emergentes. As posições vendidas no maior fundo negociado em bolsa focado em emergentes caíram para perto de zero, o nível mais baixo em três anos. O Vanguard FTSE EM ETF ganhou 1,4% até agora esta semana.