Pregão da Bovespa (Divulgação/BM&FBovespa)
Da Redação
Publicado em 9 de fevereiro de 2012 às 17h33.
São Paulo - A Bovespa tentou, mais uma vez, se firmar nos 66 mil pontos, mas acabou sucumbindo à realização de lucros apesar dos ânimos mais calmos no exterior com os avanços nas negociações sobre a dívida grega. O Ibovespa fechou o pregão em queda de 0,46%, aos 65.530,49 pontos, na contramão de Nova York. Com esse declínio, dos 28 pregões este ano, a Bolsa caiu em sete deles.
O tom dos negócios foi ditado outra vez pela Grécia, que anunciou ter fechado o tão esperado acordo político para o recebimento do segundo pacote de ajuda financeira ao país. A notícia conduziu à Bolsa à máxima do dia, aos 66.324 pontos, alta de 0,75%. No entanto, o discurso pessimista do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, fez o Ibovespa mudar de lado e se manter no vermelho até o fechamento da sessão.
Os investidores aproveitaram para embolsar parte dos ganhos acumulados no ano. Para o operador de mesa institucional da Renascença Corretora Luiz Roberto Monteiro, o investidor estrangeiro também está aproveitando o momento para garantir uma fatia dos ganhos. "Já era para a Bolsa ter realizado há muito tempo, mas todas as vezes que tentou vinham dados bons dos EUA (por exemplo) e a Bolsa voltava para o positivo", disse. Além disso, hoje, a ausência de notícias corporativas relevantes também contribuiu para essa correção de preços.
Na mínima, o índice atingiu 65.189 pontos (-0,98%). Com a queda de hoje, a valorização acumulada no ano passou para 15,46%. Petrobras, que divulga resultado do quarto trimestre após o fechamento do pregão, fechou em direção distinta, após passar a maior parte do dia em queda. Os papeis ON da petroleira caíram 0,22%, enquanto os PN subiram 0,28%. Já Vale fechou em queda. A ação PNA recuou 0,62% e a ON, -0,92%. Nos EUA, a surpresa positiva com dados de emprego, contribuiu para o desempenho positivo das bolsas.