Operadores na Bovespa: questões eleitorais movimentam a bolsa de valores de São Paulo nesta segunda-feira (Germano Lüders/EXAME)
Da Redação
Publicado em 13 de outubro de 2014 às 17h20.
São Paulo - Os juros futuros encerraram esta segunda-feira, 13, em baixa, influenciados pelo quadro eleitoral e pela trajetória de baixa do dólar. Contudo, as taxas operaram sem uma importante referência, o mercado de Treasuries, que não teve negócios por conta do feriado do Dia de Colombo nos EUA. Com isso, a liquidez foi mais baixa do que o padrão.
No término da sessão regular da BM&FBovespa, o DI janeiro de 2015 encerrou em 10,959%, ante 10,980% no ajuste da sexta-feira, com 75.505 contratos.
O DI janeiro de 2016 (84.755 contratos) caiu de 11,97% no ajuste anterior para 11,89%. Com 147.075 contratos, o DI janeiro de 2017 ficou em 11,77%, de 11,93% no ajuste da sexta-feira.
O DI janeiro de 2021 (96.405 contratos) fechou em 11,17%, ante 11,47% no ajuste anterior. O dólar à vista no balcão recuou 1,20%, para R$ 2,3890.
No âmbito local, os investidores reagiram tanto à confirmação do apoio de Marina Silva e da família de Eduardo Campos a Aécio Neves (PSDB), quanto à pesquisa Sensus, que mostrou o tucano mais de 17 pontos porcentuais à frente da candidata à reeleição Dilma Rousseff.
Segundo o levantamento, Aécio Neves (PSDB) tem 58,8% da preferência do eleitorado, enquanto Dilma Rousseff (PT) tem 41,2%.
A expectativa agora é de que as pesquisas Ibope e Datafolha, esperadas para quarta-feira, mostrem a mesma tendência de crescimento de Aécio.
Amanhã à noite, será realizado pela Rede Bandeirantes o primeiro debate entre os presidenciáveis no segundo turno.
Ao longo da curva, os contratos de longo prazo tiveram queda mais expressiva do que os de horizonte mais curto.
Nos vencimentos mais próximos, o recuo foi limitado pela piora dos fundamentos da economia.
Embora a agenda da segunda-feira tenha sido vazia de indicadores, a pesquisa Focus do Banco Central voltou a mostrar elevação das estimativas para a inflação.
No grupo Top 5, a mediana para o IPCA em 2014 subiu para acima do teto da meta, atingindo 6,51%, ante 6,31% na pesquisa anterior. No geral, a estimativa de IPCA 2014 avançou de 6,32% para 6,45%.