Inflação americana: consenso é de alta de 8,7% para CPI de julho (o: Khanchit Khirisutchalual/Getty Images)
Guilherme Guilherme
Publicado em 10 de agosto de 2022 às 07h17.
Última atualização em 10 de agosto de 2022 às 07h27.
Investidores iniciam esta quarta-feira, 10, à espera de que o Índice de Preço ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos dê novas pistas sobre o futuro da política monetária do Federal Reserve (Fed).
A expectativa é de que o CPI de julho, que será divulgado às 9h30, desacelere de 1,3% para 0,2% na comparação mensal e, na anual, de 9,1% para 8,7%. Para o núcleo do CPI o consenso é de aceleração de 5,9% para 6,1% no acumulado em um ano.
Economistas tentam descobrir qual será o pico da inflação americana. Números abaixo das projeções de mercado tendem a fortalecer a tese do "pouso suave", de que o Fed não irá conter a alta de preços ao preço de uma dura recessão.
Dados do payroll, que saíram acima do consenso na sexta-feira, 5, aumentaram a probabilidade de o Fed manter o ritmo de alta de juros em 0,75 ponto percentual -- em vez de reduzir para 0,50 p.p., como sinalizado.
A chance, nesta manhã, está em 70% para uma elevação de 0,75 p.p. em setembro, segundo o CME Group. Investidores aguardam os dados desta quarta para reforçarem ou reduzirem as apostas de um aperto monetário mais intenso.
Índices futuros americanos iniciaram o dia em alta, após terem fechado em queda no último pregão sob expectativas para o CPI. O índice Nasdaq, com maior concentração de empresas mais sensíveis à taxa de juros, teve o pior desempenho de Wall Street, caindo mais de 1%. Nesta manhã, é o que mais sobe no mercado de futuros.
No Brasil, onde o fim do ciclo de alta de juros se torna cada vez mais claro entre economistas, o Ibovespa fechou em alta pelo sexto dia consecutivo. No mercado, já se fala em rotação para ações de crescimento, que seriam as mais beneficiadas pela redução da inflação e consequente afrouxamento da política monetária do Banco Central.
Desempenho dos indicadores às 7h20 (de Brasília):
O último pregão, porém, não foi dos melhores para as ações da CVC (CVCB3), que fecharam em queda de 10,96%, em meio ao pessimismo para o resultado divulgado após o encerramento dos negócios. Para piorar, a ação teve recomendação revisada de compra para neutra por analistas do J.P. Morgan no início da semana de seu balanço.
Em resultado divulgado na última noite, a companhia registrou prejuízo líquido de R$ 94,8 milhões, 43,2% abaixo do apresentado no mesmo período do ano passado. Já o caixa da companhia encolheu em R$ 300 milhões em meio a compromissos para arcar com os gastos de viagens futuras de seus clientes. As reservas confirmadas dispararam 124,4% no período para R$ 3,75 bilhões.
Para esta noite, mais de 20 balanços estão previstos. Entre os mais aguardados está o do Banco do Brasil (BBAS3), que será o último entre os bancões a apresentar resultado. A agenda de balanços da noite ainda terá MRV (MRVE3), Alianasce Sonae (ALSO4), Braskem (BRKM5), C&A (CEAB3), Soma (SOMA3), BRF (BRFS3), Estapar (ALPK3), SLC (SLCE3), Minerva (BEEF3) e Petz (PETZ3). Já o resultado da Smart Fit (SMFT3) está previsto para esta manhã.
Nesta manhã, também serão divulgadas as vendas do varejo de junho sob estimativa de 0,1% de queda frente ao mesmo período do ano passado.
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