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Índices futuros sinalizam ganhos na abertura de NY

Entre os indicadores desta terça-feira, 4, foi divulgado o déficit comercial dos EUA, que ficou em US$ 40,29 bilhões em abril, acima dos US$ 37 bilhões de março


	Bolsa de Nova York: às 10h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro subia 0,09%, o Nasdaq ganhava 0,23% e o S&P 500 tinha alta de 0,14%
 (REUTERS/Brendan McDermid)

Bolsa de Nova York: às 10h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro subia 0,09%, o Nasdaq ganhava 0,23% e o S&P 500 tinha alta de 0,14% (REUTERS/Brendan McDermid)

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Da Redação

Publicado em 4 de junho de 2013 às 11h26.

Nova York - As bolsas norte-americanas devem iniciar o pregão desta terça-feira, 4, em alta, de acordo com a sinalização dos índices futuros.

A expectativa do dia é com os discursos de dirigentes do Federal Reserve, mas números melhores do que o previsto da balança comercial e a maior alta dos preços de residências em sete anos animam os negócios nesta manhã.

Às 10h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro subia 0,09%, o Nasdaq ganhava 0,23% e o S&P 500 tinha alta de 0,14%.

Entre os indicadores desta terça-feira, 4, foi divulgado o déficit comercial dos EUA, que ficou em US$ 40,29 bilhões em abril, acima dos US$ 37 bilhões de março, devido ao aumento das importações da China.

O número, porém, veio melhor do que a previsão dos analistas, que esperavam um déficit de US$ 41,5 bilhões, e ajudou a impulsionar a alta dos índices futuros.

Também foram anunciados dados do setor imobiliário, com números considerados animadores pelos analistas do setor. Os preços dos imóveis residenciais nos EUA subiram 12,1% em abril ante o mesmo mês de 2012, a maior taxa desde fevereiro de 2006, segundo um levantamento da consultoria CoreLogic.

A razão da alta é a maior procura por residências e a menor disponibilidade de imóveis à venda, segundo um comunicado da empresa. Em abril ante março, o aumento de preços foi de 3,2%.

Além dos indicadores, a terça-feira é marcada por apresentações de dirigentes do Fed, que vão falar, por exemplo, das perspectivas para a economia e tendências de criação de emprego.

Em busca de indícios dos rumos das políticas do banco central, a equipe de economistas da gestora BlackRock destaca que o mercado deixou de ficar "interessado" no assunto para se tornar "obcecado" pelo tema.


"Os investidores estão agora atrás de qualquer declaração, em busca das menores mudanças na linguagem ou no tom das falas", destaca uma análise da gestora de portfólio enviado para clientes. Por isso, a expectativa hoje que Wall Street mantenha um olhar atento aos discursos dos membros do Fed.

A diretora Sarah Raskin, que também vota no Fomc, fala sobre tendências de geração de empregos, em Washington, às 13h30 (de Brasília). A apresentação deve chamar atenção principalmente em uma semana que terá a divulgação, na sexta-feira, 7, do relatório mensal de emprego do Departamento de Trabalho, principal balizador da política monetária do Fed junto com a inflação.

O economista da ITG Investment Research, Steve Blitz, projeta recuperação no emprego em maio ante abril, mas nada surpreendente. Ele estima a criação de 175 mil vagas, número ainda abaixo do necessário para reduzir a taxa de desemprego com mais força.

Já a presidente do Federal Reserve de Kansas City, Esther George, discursa sobre a situação da economia norte-americana em evento no Novo México, às 14h30 (de Brasília).

Ela tem direito a voto no Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) e votou contra a manutenção da política de estímulos por meio de compras de ativos nas reuniões este ano. Em sua mais recente declaração pública, dia 10 de maio, Esther voltou a falar da necessidade de reduzir estas compras, pois a economia já mostra sinais claros de melhora.

Ainda nesta terça-feira, 4, o presidente do Fed de Dallas, Richard Fisher discursa às 21h sobre política monetária, em um evento no Canadá. Ele não tem poder de voto no Fomc e, assim com outros dirigentes não votantes, tem defendido mudanças na estratégia do Fed. No último dia 22, Fisher declarou que a estratégia é inútil diante da atual política fiscal dos EUA.


O dirigente também argumentou em outra ocasião que essa política tem contribuído para gerar bolhas e que há amplo espaço para o Fed reduzir o ritmo de compras mensais de ativos.

No noticiário corporativo, o destaque de alta no pré-mercado era o papel da montadora General Motors, que subia 2,12%. Ontem à noite, a Standard & Poor's anunciou que o papel da GM voltará a fazer parte do índice S&P 500, depois de quatro anos de ausência, em meio à crise da empresa, que chegou a pedir concordata.

Já os papéis da fabricante de jogos online Zynga mostravam recuperação e subiam 0,97%, após queda de 12% na véspera. A companhia anunciou na tarde de segunda-feira, 3, a demissão de 520 funcionários, o equivalente a 18% de sua equipe.

Além disso, a companhia informou que o segundo trimestre deve ser complicado, com as reservas de jogos provavelmente ficando no piso do intervalo previsto. A ação fechou a segunda-feira em US$ 2,99, bem abaixo dos US$ 15 da época em que a empresa da Califórnia abriu o capital, em dezembro de 2011.

Na agenda do dia, a AMR, holding que controla a companhia aérea American Airlines, pede aprovação em uma corte de falências para mudanças na política de votos dos credores em sua política de reestruturação da dívida.

A empresa pediu concordata em novembro de 2011 e atualmente está em processo de fusão com a US Airways, operação de US$ 11 bilhões que vai criar a maior companhia aérea do mundo.

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