O Ibovespa avançou 0,9 %, a 47.315 pontos, segundo dados preliminares. Na máxima intradiária, o índice chegou a marcar valorização de 1,77% (Germano Lüders/EXAME)
Da Redação
Publicado em 26 de junho de 2013 às 17h49.
São Paulo - A Bovespa registrou o segundo dia seguido de recuperação nesta quarta-feira, em meio à melhora do ambiente externo e ao salto de ações de empresas controladas por Eike Batista, que ajudaram a compensar a queda da mineradora Vale na sessão.
O Ibovespa avançou 0,9 %, a 47.315 pontos, segundo dados preliminares. Na máxima intradiária, o índice chegou a marcar valorização de 1,77 %. O giro financeiro do pregão foi de 6,25 bilhões de reais, também preliminar.
"O mercado como um todo está mostrando movimentos típicos de repique após as fortes quedas recentes", disse o analista Aloisio Villeth Lemos, da Ágora Corretora no Rio de Janeiro. No entanto, o cenário continua a sugerir cautela, segundo ele.
Mesmo com a alta dos dois últimos pregões, o Ibovespa acumulava queda de 11,6 % em junho e de 22,4 % nos seis primeiros meses do ano, a caminho de registrar seu pior semestre desde o ápice da crise financeira de 2008.
Ações do grupo EBX foram os destaques positivos da sessão, após Eike colocar ativos de suas empresas à venda.
A companhia de logística LLX disparou 25 % e a petrolífera OGX saltou 14,5 %. Fora do índice, a empresa de carvão CCX fechou em alta de 19,3 %.
O avanço do Ibovespa, no entanto, foi limitado pela queda das ações da mineradora Vale, que caiu 2,58 %. Embora citassem preocupações com as perspectivas para a economia chinesa, operadores não viam motivo aparente para as recentes quedas acentuadas do papel.
O dia também foi de recuperação para os mercados globais, após a revisão para baixo do crescimento da economia norte-americana aliviar preocupações sobre a possibilidade de que o Federal Reserve comece a reduzir em breve seu programa de estímulos.
Dado divulgado pela manhã mostrou que o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA cresceu a uma taxa anual de 1,8 %, em meio a um ritmo moderado de gastos do consumidor, fracos investimentos empresariais e queda das exportações.
"Esse dado só reforça a ideia de que talvez a redução do QE3 (programa de compra de ativos pelo BC do país) não seja tão iminente como o mercado chegou a pensar e até reagiu de forma muito exagerada nos últimos dias", afirmou o economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Rosa, em São Paulo.