BM&FBovespa: na semana, o índice perdeu 1 por cento, ampliando a queda no mês para 4,51 por cento (Nacho Doce/Reuters)
Da Redação
Publicado em 17 de janeiro de 2014 às 16h59.
São Paulo - A Bovespa ampliou as perdas da véspera e fechou em queda nesta sexta-feira, com o mercado reagindo ao resultado pior que o esperado da atividade econômica em novembro e pressionado por ações do setor financeiro e da mineradora Vale.
O Ibovespa cedeu 1,04 por cento, a 49.181 pontos, renovando a cotação mínima de fechamento em cinco anos. Na semana, o índice perdeu 1 por cento, ampliando a queda no mês para 4,51 por cento. O giro financeiro da bolsa no pregão totalizou 5,2 bilhões de reais.
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) teve contração de 0,31 por cento em novembro ante o mês anterior, decepcionando o mercado, que esperava queda de 0,10 por cento, segundo pesquisa Reuters. Também corroborando preocupações sobre a economia doméstica, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou novo levantamento mostrando que a taxa média de desemprego do Brasil no primeiro semestre de 2013 ficou em 7,7 por cento.
"A bolsa rompeu os 50 mil pontos, teve uma queda considerável, e estabilizou abaixo deste patamar esperando outras notícias. No nível em que está, qualquer notícia negativa tem um efeito forte", afirmou o analista Leandro Silvestrini, da Intrader. A Vale e Itaú Unibanco, que têm grande peso no Ibovespa, foram as maiores influências de queda do dia.
Carro-chefe no mercado de derivativos, a ação preferencial da Petrobras também fechou no negativo após um dia de volatilidade, em meio à zeragem de posições de investidores antes do vencimento dos contratos de opções sobre ações, cujo exercício ocorre na próxima segunda-feira.
Por sua vez, as empresas do setor imobiliário PDG Realty e Brookfield apareceram entre as maiores quedas, ao lado da companhia de bens de consumo Hypermarcas e da petroquímica Braskem.
"O IBC-Br veio fraco, mostrando que a economia está tendo dificuldades para crescer. Ao mesmo tempo, o mercado vê que o Banco Central tem que continuar subindo o juro para conter a inflação, o que é um cenário ruim para as ações de construtoras", disse o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno.