Petrobras: as ações da estatal avançavam quase 5 por cento, conforme ganha fôlego a expectativa de mudanças em regras no setor de petróleo, bem como a eventual não obrigação de a estatal participar de leilões do pré-sal (.)
Da Redação
Publicado em 5 de maio de 2015 às 13h33.
São Paulo - O principal índice da Bovespa firmava-se no azul e superava os 58 mil pontos nesta terça-feira pela primeira vez em quase sete meses, diante da forte valorização das ações da Petrobras e da Vale, com balanços corporativos também no radar de investidores.
Às 12h05, o Ibovespa subia 1,20 por cento, a 58.039 pontos. Na mínima, mais cedo, chegou a cair 0,45 por cento. O índice não ficava acima dos 58 mil pontos durante os negócios desde 15 de outubro de 2014. O volume financeiro do pregão estava em 2,96 bilhões de reais.
O ajuste fiscal brasileiro está sob os holofotes, com chance de votação da MP 664, que altera regras de benefícios previdenciários, em comissão mista no Congresso Nacional; e da MP 665, que modifica o acesso a benefícios trabalhistas, na Câmara dos Deputados.
As ações da Petrobras avançavam quase 5 por cento, conforme ganha fôlego a expectativa de mudanças em regras de conteúdo local no setor de petróleo, bem como a eventual não obrigação de a estatal participar de leilões do pré-sal.
Com o desempenho desta manhã, a cotação das preferenciais da Petrobras superava a média diária móvel em 200 dias, o que pode corroborar uma visão mais cautelosa sobre o espaço de valorização do papel no curto prazo.
Os papéis da Vale subiam ao redor de 6 por cento, em meio a nova alta dos preços do minério de ferro na China pela demanda firme naquele país para cargas do produto de maior qualidade. Também chamava a atenção a disparada das ações da Eletrobras, com os papéis ordinárias saltando 8 por cento. As preferenciais subiam mais de 6 por cento.
Segundo reportagem do jornal Valor Econômico, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) marcou para 19 de maio o julgamento de processo em que acusa a União por voto abusivo na aprovação da renovação onerosa das concessões pela Eletrobras, em 2012. Marcopolo avançava quase 2 por cento, diante da repercussão favorável ao balanço do primeiro trimestre divulgado na véspera.
BR Properties, por sua vez, caía 1,22 por cento, após divulgar queda de 49 por cento no lucro no primeiro trimestre ante o ano anterior, com queda em receita e aumento de despesas. Itaú PN anulava perdas iniciais e oscilava ao redor da estabilidade, com o aumento de provisões para perdas com calotes e piora em estimativas contrabalançando o lucro acima do esperado no primeiro trimestre.
O papel do Itaú mostrava desempenho abaixo de seus pares listados no Ibovespa, com Bradesco, por exemplo, em alta de 1,11 por cento.
Kroton e Estácio Participações eram destaque de queda do índice, após o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, afirmar na véspera que o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) esgotou seus recursos para 2015.
As preferenciais da Usiminas ganhavam 4,53 por cento, por expectativas sobre o julgamento em Minas Gerais da disputa entre os controladores Ternium e Nippon Steel , previsto para esta terça. Na esteira, CSN, que detêm fatia na concorrente, subia 3,70 por cento.
Veja as maiores altas e baixas do Ibovespa às 12h: ALTAS Ação Código Preço(R$) Variação ELETROBRAS ON 8,09 8,01% ELETROBRAS PNB 9,65 6,63% VALE ON 26,29 6,09% VALE PNA 20,35 5,44% NATURA ON 31,12 5,03% PETROBRAS PN 14,47 4,86% PETROBRAS ON 15,77 4,85% USIMINAS PNA 6,69 4,53% CESP PNB 20,79 4,47% GERDAU PN 10,77 3,76% BAIXAS Ação Código Preço(R$) Variação KROTON ON 10,8 -2,7% BRASKEM PNA 13,77 -1,92% CETIP ON 33,05 -1,87% SOUZA CRUZ ON 26,8 -1,47% LOCALIZA ON 34,77 -1,45% ECORODOVIAS ON 9,09 -1,41% BR PROPERT ON 10,52 -1,22% TELEF BRASIL PN 48,87 -1,05% ESTACIO PART ON 18,53 -1,01% FIBRIA ON 42,56 -0,82%