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Índice segue cautela com Japão; Cyrela despenca

São Paulo - O tom negativo no mercado internacional contaminava a bolsa brasileira nesta segunda-feira, com leve queda do índice em uma sessão de fortes perdas para a construtora Cyrela. Às 12h24, o Ibovespa <.BVSP> tinha queda de 0,48 por cento, a 66.361 pontos. O giro financeiro do pregão era de 1,59 bilhão de reais. […]

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Da Redação

Publicado em 14 de março de 2011 às 12h42.

São Paulo - O tom negativo no mercado internacional contaminava a bolsa brasileira nesta segunda-feira, com leve queda do índice em uma sessão de fortes perdas para a construtora Cyrela.

Às 12h24, o Ibovespa <.BVSP> tinha queda de 0,48 por cento, a 66.361 pontos. O giro financeiro do pregão era de 1,59 bilhão de reais. No mesmo horário, o índice Standard & Poor's 500 <.SPX> exibia baixa de 1,1 por cento.

O mercado internacional tentava calcular os prejuízos do desastre no Japão, onde um terremoto e um tsunami mataram milhares de pessoas na sexta-feira. O índice Nikkei <.N225> da bolsa de Tóquio caiu mais de 6 por cento nesta segunda-feira.

Otávio Vieira, diretor do grupo de investimentos Safdie, afirmou que os japoneses têm uma exposição bilionária no mercado de ações brasileiro, diretamente ou através de fundos, e que por isso "é realmente super relevante este evento." As ações PN da mineradora Vale , uma das preferidas dos investidores estrangeiros por causa da liquidez e das perspectivas positivas para o minério de ferro, tinha queda de 1,22 por cento, a 46,17 reais.

A ação PN da Petrobras caía 0,25 por cento, a 28,10 reais. Nos Estados Unidos, o petróleo operava abaixo de 100 dólares por barril.

Fatores domésticos pressionavam as ações do setor de construção civil, com destaque para a Cyrela , com queda de 6,1 por cento, a 15,21 reais. A empresa reduziu as metas de lançamento e venda em 2011 e 2012. [ID:nN11193057] "Achamos a divulgação bastante ruim e recomendamos encerrar a posição de maneira a embolsar os ganhos acumulados em dois pregões, ainda que a preços inferiores ao de fechamento da sexta-feira", afirmou a consultoria Empiricus, em relatório.

O banco de investimento Credit Suisse, que reduziu o preço-alvo da ação a 23 reais, ainda se questiona se não seria melhor comprar a ação nesse momento de queda.

"(Mas) não acreditamos nisso... Vemos a ação com P/L (preço/lucro) de 8,9 e P/BV (preço/valor contábil) de 1,6, ainda com um prêmio de 10 a 15 por cento sobre a concorrência", afirmou o analista Marcello Milman em nota.

No lado positivo, as ações da siderúrgica Usiminas mantinham o viés de alta, especialmente das ações ordinárias , com ganho de 3,7 por cento, a 29,86 reais.

A empresa tem sido envolvida em rumores sobre fusões e aquisições. Além disso, analistas apontam que o terremoto no Japão pode ter impacto positivo sobre as ações da siderúrgica, que já subiram mais de 6 por cento na sexta-feira.

"Uma possível leitura que pode justificar a boa performance dos papéis seria a de que os desembolsos de caixa necessários para a Nippon Steel recuperar suas plantas atingidas pelos fenômenos naturais limitaria suas condições de cobrir uma possível oferta de CSN/Gerdau pelo controle da Usiminas", escreveu a analista Daniella Maia, da corretora Ativa.

Após o início do horário de verão nos Estados Unidos, o pregão da bolsa brasileira volta a funcionar de 10h a 17h.

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