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Da Redação
Publicado em 26 de julho de 2011 às 08h50.
Paris - As bolsas de valores da Europa ampliavam perdas nesta terça-feiras depois que os resultados de um leilão de dívida da Itália retomaram preocupações sobre a crise fiscal da zona do euro.
Às 8h35 (horário de Brasília), o índice FTSEurofirst 300 <.FTEU3> exibia queda de 0,18 por cento, a 1.102 pontos. A queda amplia recuo de segunda-feira, quando o indicador interrompeu rali de quatro sessões.
Os resultados do leilão italiano mostraram aumento do rendimento, o que sinaliza aumento na pressão sobre as finanças do país.
Os mercados também recuavam em meio a resultados mais fracos que o esperado divulgados pelo banco suíço UBS e pela petrolífera BP .
O UBS recuava 2 por cento após anunciar resultado que mostrou fraqueza em operações de banco de investimento, confirmando temores de que não vai cumprir metas definidas em 2009.
Enquanto isso, o alemão Deutsche Bank também alertou sobre fraqueza na divisão de banco de investimento ao divulgar resultado que ficou abaixo do esperado.
Já a BP recuava 2,4 por cento depois que seu lucro de segundo trimestre, de 5,31 bilhões de dólares, ficou abaixo do esperado por analistas. A empresa também faturou menos do que rivais com os preços mais altos do petróleo.
Investidores também mostravam ansiedade após o discurso do presidente norte-americano, Barack Obama, na véspera, em que pediu fim do impasse no Congresso para elevar o limite de endividamento dos Estados Unidos.
"Os investidores continuam ansiosos, mas estão relativamente pacientes", disse Felix Parmantier, analista do Close Brothers Seydler.
O analista David Schnautz, do Commerzbank, acrescentou que Obama continua confiante de que o impasse poderá ser resolvido se ambos os partidos do país se comprometerem.
"O mercado em geral não parece muito preocupado com a questão do teto da dívida dos EUA", disse ele.
Mas outros lembram que a solução da questão do endividamento não resolve definitivamente os problemas de liquidez.
"Mesmo se o Congresso elevar o teto do endividamento, uma redução de um ponto na nota de dívida soberada dos EUA ainda não pode ser descartada depois que a Moody's e a S&P colocaram o rating triplo A em observação negativa neste mês", disse o analista Stefan Kolek, do UniCredit.