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Índice perde 10% em maio e tem pior mês desde 2014

No mês, o Ibovespa acumulou perda de 10,09 por cento, primeiro resultado mensal negativo desde janeiro


	Bovespa: no mês, o Ibovespa acumulou perda de 10,09 por cento, primeiro resultado mensal negativo desde janeiro
 (Nelson Almeida/AFP/Getty Images)

Bovespa: no mês, o Ibovespa acumulou perda de 10,09 por cento, primeiro resultado mensal negativo desde janeiro (Nelson Almeida/AFP/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 31 de maio de 2016 às 17h59.

São Paulo - A Bovespa fechou com o seu principal índice em queda nesta terça-feira, com as ações preferenciais do Bradesco liderando as perdas, após a Polícia Federal indiciar o presidente do banco e outros executivos no âmbito da operação Zelotes.

O Ibovespa caiu 1,01 por cento, a 48.472 pontos, nível mais baixo desde 6 de abril. O volume financeiro somou 9,9 bilhões de reais.

No mês, o Ibovespa acumulou perda de 10,09 por cento, primeiro resultado mensal negativo desde janeiro e pior desempenho mensal desde setembro de 2014.

A primeira etapa do pregão desta terça-feira foi marcada por volatilidade, com o Ibovespa chegando a subir 0,62 por cento na máxima, mas o tom negativo passou a prevalecer com a piora das bolsas em Wall Street e o enfraquecimento do petróleo.

A deterioração externa acentuou a pressão vinda de ruídos políticos e da revisão do índice global MSCI, com o indiciamento de executivos do segundo maior banco privado do país liquidando de vez a chance de nova reação, com o Ibovespa chegando a recuar 1,37 por cento na mínima do dia.

O rebalanceamento do MSCI e suas subdivisões, incluindo a do Brasil, passa a valer após o fechamento desta terça-feira e exclui as ações da Estácio Participações e da B2W , enquanto inclui AES Tiête.

O Credit Suisse estimava uma saída líquida de mais de 1 bilhão de reais da Bovespa com o rebalanceamento.

Maio

O clima de "esperar para ver" no ambiente doméstico com a formação de nova equipe econômica do governo interino explica em parte o viés mais conservador na Bovespa em maio, que além de correção negativa se refletiu em giro financeiro menor.

A média diária ficou em torno de 6,5 bilhões de reais contra mais de 8 bilhões de reais em abril e mais de 7 bilhões de reais no ano.

O outro fator bastante relevante para o desempenho no mês foi a correção geral em mercados emergentes com a reprecificação sobre o aumento dos juros norte-americanos, esperado agora mais cedo neste ano.

Dados de fluxo de capital externo mostram saídas líquidas da Bovespa em maio até o dia 27.

Para o superintendente de Gestão de Fundos da Santander Asset Management Brasil, Roberto Reis, grande parte do movimento na Bovespa em maio refletiu o comportamento de mercados emergentes no exterior, com a repreficificação das apostas sobre os juros norte-americanos.

"No ambiente doméstico, há confiança de que a economia vai se recuperar, mas como a perspectiva é de que isso ocorra apenas a partir de 2017 muito investidor decidiu corrigir alguns exageros dos últimos meses uma vez que os resultados das empresas este ano ainda devem sofrer com a economia fraca." No ano, o Ibovespa ainda acumula alta de quase 12 por cento.

DESTAQUES - BRADESCO fechou com as preferenciais em queda de 5 por cento, após recuarem mais de 7 por cento no pior momento da sessão, quando saíram as primeiras notícias sobre o indiciamento do presidente do banco, Luiz Carlos Trabuco, em relatório de inquérito ligado à operação Zelotes. Em comunicado, o Bradesco informou que o banco não contratou os serviços oferecido por um grupo investigado na operação Zelotes e que Trabuco não participou de qualquer reunião com o grupo citado pelos investigadores.

- PETROBRAS encerrou com as preferenciais em queda de 4,06 por cento, na esteira da fraqueza dos preços petróleo , tendo ainda no radar a formalização do executivo e ex-ministro Pedro Parente como novo presidente da empresa.

- FIBRIA saltou 5,03 por cento, após informar que elevou a capacidade de produção estimada na expansão da unidade de Três Lagoas (MS), um dia depois de divulgar aumento de preços. A ação também foi ajudada pela alta do dólar ante o real. SUZANO PAPEL E CELULOSE ganhou 2,88 por cento.

- CEMIG valorizou-se 3,87 por cento, entre as maiores altas do índice, em sessão positiva para papéis do setor de energia elétrica, com o índice do segmento subindo 1,05 por cento.

- VALE encerrou com as preferenciais em queda de 1,14 por cento, em sessão com recuo dos preços do minério de ferro à vista na China <.IO62-CNI=SI>.

- ESTÁCIO PARTICIPAÇÕES recuou 4,74 por cento, uma vez que o papel foi excluído do índice MSCI em rebalanceamento semianual que entra em vigor no fechamento desta terça-feira.

Para ver as maiores baixas do Ibovespa, clique em Para ver as maiores altas do Ibovespa, clique em (Edição de Raquel Stenzel)

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