São Paulo - A Bovespa operava sem tendência definida nesta sexta-feira, em meio à proximidade do exercício de opções sobre ações, o que fazia a bolsa paulista se distanciar do movimento positivo das bolsas estrangeiras.

Às 11h37, o Ibovespa subia 0,09 por cento, a 54.650 pontos. O volume financeiro do pregão era de 1,4 bilhão de reais.

No exterior, o índice Dow Jones, referência da bolsa de Nova York, subia 0,8 por cento, enquanto o Standard & Poor's avançava 0,9 por cento. Na Europa, o índice FTSEurofirst, que reúne as principais ações do continente, subia 1,00 por cento.

"Segunda-feira tem vencimento de opções, e nos dias que o antecedem há um descolamento em relação aos mercados externos", disse o sócio diretor da AZ Investimentos, Ricardo Zeno.

Ele explicou que a tendência é que o descolamento permaneça até o exercício, mas não descartou uma virada caso algo importante seja anunciado na reunião do G20, em Paris.

"O mercado trabalha sob a expectativa positiva por anúncios de medidas na reunião", disse, referindo-se a possíveis iniciativas para conter os efeitos da crise de dívida soberana na zona do euro.

Dados mistos da economia dos Estados Unidos não serviam para dar orientação clara ao investidor. Um indicador mostrou uma recuperação das vendas ao varejo em setembro, para o maior ritmo em sete meses. Porém, a confiança do consumidor caiu inesperadamente em outubro, com preocupações sobre o declínio da renda pessoal reduzindo as expectativas para o menor nível dos últimos 30 anos. Entre os destaques do Ibovespa, Marfrig era uma das líderes de ganhos, subindo 1,3 por cento, a 7,17 reais, após o anúncio de que fará mudanças na estrutura organizacional para otimizar operações. Na ponta contrária, CPFL caía 1,5 por cento, a 20,65 reais.

Entre as blue chips, as preferenciais da Vale recuavam 0,3 por cento, a 40,83 reais, enquanto as da Petrobras tinham alta de 0,2 por cento, a 19,43 reais. OGX perdia 0,5 por cento, a 12,29 reais.