Ações da Petrobras caíram 5 por cento na Bovespa, em ajuste após o feriado de Carnaval (Alexandre Battibugli/EXAME)
Da Redação
Publicado em 10 de fevereiro de 2016 às 19h31.
O principal índice da Bovespa fechou em queda nesta quarta-feira, com as ações preferenciais da Petrobras caindo 5 por cento, em sessão marcada por ajustes a perdas dos ADRs brasileiros nos dois pregões anteriores, quando não houve negociação na bolsa paulista.
A pressão negativa foi atenuada pela relativa melhora nas praças acionárias globais e comentários da chair do Federal Reserve que aliviaram temores sobre a capacidade da economia norte-americana de absorver uma alta gradual dos juros, embora Wall Street tenha perdido parte do fôlego na parte da tarde.
O Ibovespa caiu 0,53 por cento, a 40.377 pontos. O giro financeiro somou 3,29 bilhões de reais, em sessão encurtada na volta do Carnaval, que teve início apenas às 13h.
No exterior, Janet Yellen reconheceu que as condições financeiras mais apertadas e as incertezas sobre a China representam riscos à economia norte-americana, mas sinalizou que isso não deve reverter do ciclo ajustes na política monetária do banco central dos Estados Unidos, que começou em dezembro.
Agentes financeiros encontraram nas declarações da titular do Fed o argumento para compras, após preocupações com a economia global e a situação de bancos europeus minarem o humor no começo da semana. Em Wall Street, porém, o S&P 500 reduziu os ganhos para 0,24 por cento.
Para alguns profissionais do mercado financeiro brasileiro, o alívio no quadro externo foi um rali técnico e pontual.
DESTAQUES - PETROBRAS fechou com as preferenciais em queda de 5,07 por cento e com as ordinárias em baixa de 4,23 por cento, ajustando-se ao movimento dos ADRs da companhia nos últimos dois pregões, em dia de volatilidade nos preços do petróleo . Nos últimos dois pregões, o ADR (recibo de ação negociado nos Estados Unido) dos papéis ON da Petrobras caiu 7,7 por cento. O ADR da ação PN cedeu 10,4 por cento.
- VALE terminou com as preferenciais de classe A perdendo 0,77 por cento e as ordinárias caindo 0,29 por cento, também corrigindo o declínio de seus ADRs nesta semana. Os ADRs da mineradora perderam ao redor de 5 por cento nos dois pregões anteriores, particulamente na segunda-feira.
- CCR perdeu 1,7 por cento, afetada por dados considerados fracos sobre o tráfego de veículos em estratadas concedidas à iniciativa privada no Brasil em janeiro.
ECORODOVIAS caiu 1,4 por cento.
- ITAÚ UNIBANCO terminou com alta de 0,48 por cento, na esteira da recuperação global do setor financeiro, em meio à sinalização da chair do Fed de que seguem as condições nos EUA para que o Fed persiga ajustes "graduais" da política monetária e após o Financial Times informar que o Deutsche Bank estava considerando recomprar bilhões de euros de sua dívida.
BRADESCO subiu 1,13 por cento.
- EMBRAER avançou 2,5 por cento. Reportagem do Wall Street Journal durante o Carnaval afirmou que a Alaska Air havia selecionado a fabricante de aeronaves brasileira para fornecer até 60 aeronaves. A Embraer não quis comentar a notícia nesta quarta-feira. Também esteve no radar a notícia sobre a queda de um A-29 Super Tucano operado pela Força Aérea da Indonésia.