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Vale pressiona Bovespa antes de anúncio da equipe econômica

Principal índice da bolsa de São Paulo encerrou em baixa de 0,83 por cento, a 55.098 pontos


	Bovespa: volume financeiro somou 6,32 bilhões de reais, abaixo da média do ano
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Bovespa: volume financeiro somou 6,32 bilhões de reais, abaixo da média do ano (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 26 de novembro de 2014 às 16h53.

São Paulo - A bolsa paulista fechou em queda nesta quarta-feira, com ações da Vale e de siderúrgicas liderando as perdas do Ibovespa, após o principal índice acionário brasileiro trabalhar de lado em parte da sessão, diante da espera de agentes financeiros para o aguardado anúncio da nova equipe econômica, na quinta-feira.

O principal índice da Bovespa encerrou em baixa de 0,83 por cento, a 55.098 pontos.

O volume financeiro somou 6,32 bilhões de reais, abaixo da média do ano (7,27 bilhões de reais), com a véspera de feriado nos Estados Unidos ajudando a reduzir o ritmo também no pregão doméstico.

O governo federal confirmou que os novos ministros da Fazenda e do Planejamento serão anunciados na quinta-feira.

Segundo o ministro da Comunicação Social, Thomas Traumann, os novos ministros não tomarão posse imediatamente, mas vão trabalhar no Palácio do Planalto fazendo a transição com as atuais equipes.

Uma fonte do governo que acompanha a montagem da nova equipe econômica disse à Reuters que Joaquim Levy vai ser anunciado ministro da Fazenda com a missão de desmontar gradualmente a política anticíclica feita nos últimos anos, revertendo as desonerações tributárias.

Para ex-diretor do BC Luiz Fernando Figueiredo, a ida de Levy para o governo é um ótimo sinal.

"Porém, o tempo é que vai dizer se na realidade o governo dará autonomia necessária para ele", afirmou o sócio-fundador da Mauá Sekular Investimentos, no chat Trading Brazil da Thomson Reuters nesta quarta-feira.

A bolsa vem embalada desde as primeiras notícias colocando Levy à frente da Fazenda na última sexta-feira, com as ações da Petrobras refletindo o crédito inicial que investidores estão dando ao governo e ao novo time, mesmo com o noticiário desfavorável à empresa, envolvida em denúncias de corrupção.

As ações da Petrobras passaram boa parte do dia no azul, mas sucumbiram no final, com as preferenciais caindo 0,35 por cento e os papéis ordinários recuando 0,08 por cento.

Vale Realiza

A maior pressão negativa veio de Vale, que quebrou sequência de altas. As preferenciais da mineradora subiram nos últimos quatro pregões, acumulando alta de 9,3 por cento.

Nesta sessão, terminaram em baixa de 4 por cento. As ações ON cederam 3,8 por cento.

O setor siderúrgico liderou as perdas, em dia de novas notícias desfavoráveis, incluindo previsão do Instituto Aço Brasil (IABr) de alta de apenas 4 por cento nas vendas da liga no mercado interno em 2015.

No caso de Usiminas, o BofA Merrill Lynch ainda cortou o preço-alvo do papel de 7 para 4,9 reais.

A queda nos papéis dos bancos privados Itaú e Bradesco também pesou, assim como a reversão dos ganhos de Banco do Brasil após declarações do secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, sobre as ações da instituição e o Fundo Soberano Nacional.

Ainda no setor, a unit do Santander Brasil perdeu 2,7 por cento, devolvendo boa parte dos ganhos da véspera.

O BTG Pactual reduziu a recomendação para o papel a "venda", citando o forte desempenho no ano, com prêmio excessivo sobre seus pares Itaú Unibanco e Bradesco.

O recuo do dólar ante o real, que ajudou a pressionar as siderúrgicas, também colocou na ponta negativa o segmento de papel e celulose, com Fibria caindo 3,6 por cento e Suzano recuando 2,8 por cento.

Cosan, por sua vez, manteve-se como um dos destaques de alta do índice, fechando em alta de 4,56 por cento, após a Folha de S.Paulo publicar que o governo planeja retomar a cobrança da Cide sobre a gasolina.

Trata-se de uma demanda do setor do etanol para melhorar a competitividade.

Texto atualizado às 17h53min do mesmo dia para adicionar mais informações.

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