Petróleo é transportado na Índia: o modo como o subsídio ao setor será dividido entre o governo, as empresas de exploração e as refinarias ainda é incerto, afirmou a Fitch (REUTERS/Babu)
Da Redação
Publicado em 18 de novembro de 2013 às 05h51.
São Paulo - A Índia terá que depender do seu orçamento para o ano fiscal que se encerra em março de 2015 para financiar parte dos subsídios ao petróleo no atual ano fiscal, alertou a Fitch Ratings.
O governo alocou 650 bilhões de rupias indianas (US$ 10,4 bilhões) para subsídios ao petróleo no ano fiscal de 2014, sendo que deste valor o governo destinou 450 bilhões de rupias indianas para o pagamento do subsídio incorrido no último ano fiscal e 200 bilhões de rupias indianas para fechar a diferença entre o preço subsidiado e o preço de mercado no atual ano fiscal.
No entanto, a Fitch vê esse nível como insuficiente, o que provavelmente obrigará o governo a utilizar cerca de 450 bilhões de rupias indianas do orçamento do próximo ano.
Pelas contas da agência de classificação de risco, os subsídios totalizaram 609 bilhões de rupias indianas na primeira metade do ano e devem alcançar 1,4 bilhão no ano fiscal de 2014, de 1,610 bilhão no ano fiscal de 2013.
O modo como o subsídio ao setor será dividido entre o governo, as empresas de exploração e as refinarias ainda é incerto, afirmou a Fitch Ratings. "Com eleições gerais no começo de 2014, a habilidade do governo em passar grandes aumentos de preço do petróleo aos consumidores no topo dos pequenos aumentos mensais será limitado", disse, em comunicado. Ao mesmo tempo, o governo tenta reduzir o déficit orçamentário, en grande parte influenciado pelo subsídio ao petróleo.
Em janeiro deste ano o governo já tomou medidas para desregular o setor, permitindo que o diesel para uso industrial siga o preço de mercado e que as refinarias aumentem os preços do diesel no varejo em 0,5 rupia indiana por mês.
Pela avaliação da Fitch, as exploradores deverão pagar uma porção maior dos subsídios. No primeiro semestre, a ONGC e a Oil India pagaram 52,5% da diferença de preços, ante menos de 40% nos anos anteriores.