Dólar: vitória de Dilma faz despencar a incerteza sobre os rumos da moeda americana (Arquivo/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 29 de outubro de 2014 às 12h24.
São Paulo - A incerteza do mercado financeiro quanto ao futuro do dólar, um dos fatores levados em conta para a precificação de opções da moeda americana, despencou no início desta semana.
Com a reeleição de Dilma Rousseff, o índice de volatilidade FXvol - calculado pela BM&FBovespa e que mede a incerteza da taxa de câmbio que está embutida na negociação das opções de dólar - caiu de 23,372% para 15,541% ao ano na última segunda-feira, 27.
No auge das especulações em torno da eleição, o índice chegou a 26,678% ao ano em 20 de outubro.
Na prática, quanto maior o indicador, maiores as dúvidas sobre para onde vai a cotação do dólar.
Antes da eleição, alguns profissionais do mercado cogitavam a hipótese de uma vitória de Aécio Neves (PSDB) colocar a moeda americana em níveis próximos de R$ 2,30.
Já o triunfo de Dilma teria potencial de jogar o dólar no patamar de R$ 2,80.
Estas avaliações extremadas elevaram a volatilidade embutida nas opções. Definida a eleição, o exagero começa a ser eliminado.
Isso ocorre também no caso das cotações da moeda americana. Na segunda-feira, o dólar subiu ante o real de forma consistente, numa primeira reação ao resultado. Porém, ainda no decorrer daquele dia ficou claro certo movimento de venda de moeda.
Nesta terça-feira, 28, isso se traduziu no recuo de mais de 2% do dólar tanto no balcão quanto no mercado futuro (vencimento para novembro), sendo que a pressão de baixa segue nesta quarta-feira, 29.
Alguns profissionais enxergam certa tendência de acomodação do mercado, já que a incerteza eleitoral foi eliminada.