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Impasses não devem afetar rating dos EUA, diz Moody's

Impasse sobre o teto da dívida será pior para os mercados financeiros do que uma paralisação do governo, mas nenhum deles deve afetar rating do país


	Sede da Moody's, em Nova York: "o rating é mais baseado na perspectiva de longo prazo para a dívida, em vez de ser baseado no que pensamos que serão eventos de curto prazo"
 (©afp.com / Emmanuel Dunand)

Sede da Moody's, em Nova York: "o rating é mais baseado na perspectiva de longo prazo para a dívida, em vez de ser baseado no que pensamos que serão eventos de curto prazo" (©afp.com / Emmanuel Dunand)

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Da Redação

Publicado em 24 de setembro de 2013 às 12h16.

Nova York - Um impasse sobre o teto da dívida dos Estados Unidos será pior para os mercados financeiros do que uma paralisação do governo, mas nenhum deles deve afetar o rating de crédito soberano do país, informou a Moody's Investors Service nesta terça-feira.

A Moody's espera que os EUA evitem uma paralisação e elevem o teto da dívida, segundo relatório da agência de rating.

Mas o fracasso em elevar o teto de endividamento do governo poderia "afetar teoricamente todas categorias de gastos do governo, incluindo o serviço de dívida".

Mesmo assim, um impasse do teto da dívida e uma paralisação do governo não devem afetar o rating soberano dos EUA, disse à Reuters um analista da Moody's, porque a agência está focada no cenário da dívida de longo prazo.

"Neste momento, não vemos isso (a redução de rating) como uma consequência desses eventos de curto prazo", disse Steven Hess, o principal analista de crédito soberano norte-americano da Moody's.

"O rating é mais baseado na perspectiva de longo prazo para a dívida, em vez de ser baseado no que pensamos que serão eventos de curto prazo", acrescentou.

A Moody's também espera que os EUA continuem pagando juros sobre os Treasuries no caso de um impasse de teto da dívida, acrescentou Hess.

"Os Treasuries dos EUA são referência do mercado financeiro mundial", disse Hess. "Dar default neles criaria um problema financeiro global".


A autorização do Congresso para que o governo gaste dinheiro termina no fim do ano fiscal em 30 de setembro, a menos que o Congresso aprove uma "resolução contínua" para manter o governo em atividade.

Algumas autoridades republicanas estão ameaçando barrar a proposta em um esforço para evitar a reforma na saúde proposta pelo presidente Barack Obama.

O governo tem se aproximado de seu teto de dívida de 16,7 trilhões de dólares desde maio, mas vem evitando dar default ao empregar medidas emergenciais para gerenciar seu dinheiro.

A Standard & Poor's cortou o rating dos EUA de AAA para AA+ em agosto de 2011, durante uma rodada anterior de debates sobre o teto da dívida.

A Moody's classifica os EUA como Aaa com perspectiva estável. Já a Fitch classifica o país como AAA com cenário negativo.

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