Itaú Corretora elevou preço-alvo das ações do Grupo Pão de Açúcar para R$108 (Alexandre Battibugli/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 4 de dezembro de 2012 às 14h05.
São Paulo - A Itaú Corretora revisou suas projeções para o Grupo Pão de Açúcar (PCAR4) após a divulgação dos resultados do terceiro trimestre. O preço justo para 2013 passou de 86 reais para 108 reais e a recomendação de desempenho em linha com média do mercado foi mantida.
Segundo a analista Juliana Rozenbaum, que assina o relatório, não é o momento de investir em uma ação cara, visto as incertezas em torno das negociações entre os acionistas controladores (Grupo Casino e Abílio Diniz).
Na semana passada, Abílio Diniz foi impedido de participar de uma reunião entre o grupo francês e executivos do Pão de Açúcar. De acordo com a coluna Radar, de Veja, Abilio não foi convidado para a reunião e por isso foi barrado ao tentar participar do encontro. Desde a semana passada, ele sabia que não seria bem-vindo, mas mesmo assim decidiu arriscar.
Alguns dias depois, o empresário brasileiro recebeu um e-mail enviado por Jean-Charles Naouri alertando que o grupo francês não vai fazer qualquer tipo de negócio enquanto houver ataque.
Além disso, Juliana mantém o ceticismo em relação à habilidade da ViaVarejo (Ponto Frio, Casas Bahia e Nova Pontocom) de melhorar seu retorno sobre o capital investido (ROIC).
Resultados
O varejista encerrou o terceiro trimestre com lucro líquido consolidado de 210 milhões de reais, alta de 64,6% sobre o ganho de 128 milhões de reais do ano anterior.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) foi de 801 milhões de reais, alta de 11,1 por cento na comparação anual. A margem Ebitda ficou em 6,6 por cento, ante 6,5 por cento na mesma base de comparação.