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Presidente do BC vê bitcoin como bolha ou pirâmide

Para o presidente do BC, a funcionalidade de compra para revenda por um preço maior é um típico comportamento de bolha ou pirâmide

Bitcoin: presidente do BC também disse que essas moedas também podem ser usadas para atividades ilícitas (Benoit Tessier/Illustration/Reuters)

Bitcoin: presidente do BC também disse que essas moedas também podem ser usadas para atividades ilícitas (Benoit Tessier/Illustration/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 13 de dezembro de 2017 às 14h09.

Última atualização em 13 de dezembro de 2017 às 16h38.

Brasília - O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, qualificou nesta quarta-feira, 13, o crescimento de moedas virtuais, como o Bitcoin, de "bolha" ou "pirâmide" e alertou para os riscos de se investir neste tipo de ativo não regulado pelos bancos centrais.

"Como estão hoje, com essa subida vertiginosa sem lastro e sem regulação, essas moedas levam a um risco tal que o BC emitiu um alerta. Isso tem que ser levado em consideração por aqueles que compram e transacionam essas moedas", respondeu Ilan, em entrevista coletiva para fazer um balanço da instituição em 2017 e das ações da Agenda BC+.

Para o presidente do BC, uma das funcionalidades dessas moedas virtuais é a compra para revenda por um preço maior adiante. "Ou seja, comprar e passar para frente, o que é uma típica bolha ou pirâmide. Não é algo que nós reguladores deveríamos incentivar", enfatizou.

Em segundo lugar, Goldfajn disse que essas moedas também podem ser usadas para atividades ilícitas. "Usar esse tipo de moeda não isenta do crime, da pena e da punição", completou.

Ele também comentou o fato de alguma pessoas nos Estados Unidos já estarem hipotecando suas casas para adquirir moedas virtuais. "Não hipoteque sua casa para comprar essas moedas. A nossa ideia é ter muito instrumento e muito ativo para transacionar", concluiu.

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