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Ibovespa volta a bater recorde com acordo comercial

Bolsa se manteve no positivo, apesar das ações da Petrobras terem forte queda

Ibovespa: índice crava mais um recorde nesta sexta-feira (13) e se valoriza 1,3% na semana (d3sign/Getty Images)

Ibovespa: índice crava mais um recorde nesta sexta-feira (13) e se valoriza 1,3% na semana (d3sign/Getty Images)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 13 de dezembro de 2019 às 18h36.

Última atualização em 13 de dezembro de 2019 às 19h28.

São Paulo - O Ibovespa subiu 0,33% e quebrou mais um recorde de fechamento ao encerrar o pregão desta sexta-feira (13) em 112.564,86 pontos. Com isso, o principal índice da Bolsa terminou a semana em alta de 1,3%.

Um dos principais impulsos para a alta veio de fora, com a confirmação de que os Estados Unidos e a China chegaram à “fase 1” do acordo comercial, suspendendo o pacote de tarifas programado para domingo (15). 

Embora positiva, a confirmação do acordo teve efeitos limitados nos mercados. Nos Estados Unidos, por exemplo, os índices S&P 500 e o Dow Jones fecharam praticamente estáveis. Ontem, a agência Bloomberg antecipou que os dois países haviam selado um acordo preliminar. 

Para o economista-chefe do banco digital Modalmais, Álvaro Bandeira, a alta não foi mais acentuada porque parte do movimento já estava precificado e o acordo não entrou em “temas cruciais”, como patente intelectual e transferência de tecnologia. “Alivia um pouco, mas ainda não é a solução definitiva. Portanto, a guerra comercial vai continuar pressionando as negociações”, disse. 

No Brasil, as ações da Petrobras foram uma das principais razões para que o índice não subisse mais. Com grande peso no Ibovespa, seus papéis ordinários e preferenciais tiveram respectivas baixas de 4,69% e 3,2%. A queda ocorreu após o BNDES anunciar que pode vender a totalidade suas ações ordinárias da petrolífera.

Segundo Bandeira, a depreciação das ações da Petrobras refletiu a preocupação dos investidores com a entrada no mercado dos papéis que, atualmente, estão represados no banco de desenvolvimento. "Foi uma oportunidade de vender antes do BNDES. A Petrobras vem fazendo tudo corretamente e a Opep está segurando a venda de petróleo. A ação deve se recuperar na próxima semana."

Já a maior alta da Bolsa ficou com os papéis da Via Varejo, que subiram 8,7%. Ontem, as ações da varejista vinham se apreciando mais de 7% até instantes finais do pregão, mas viraram para queda de 3,1%, logo após a companhia admitir, em fato relevante, que há indícios de fraude em seus balanços. Segundo a Via Varejo, a falha contábil é na casa dos 1,2 bilhão de reais.

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Antes do início do pregão, havia a expectativa de que o movimento de queda continuasse nesta sexta. Mas, a sensação de que a empresa está tentando resolver o problema de forma responsável prevaleceu entre os investidores. 

Além disso, a Via Varejo tem atravessado um bom momento desde que anunciou que atingiu números recordes em vendas na última black friday. No ano, suas ações acumulam alta de 147,6%. 

Os papéis da MRV também tiveram forte valorização na sessão desta sexta, subindo 6,23%. Na semana, a construtora mineira acumulou 16,4% na Bolsa. Parte disso se deve à guinada para cima que suas ações deram na quinta-feira (12), quando a empresa divulgou em fato relevante que fundo Luggo de investimento imobiliário alcançou captação máxima de 90 milhões de reais. 

O FII faz parte de uma estratégia da empresa em apostar no mercado de aluguel e conta com os imóveis construídos pela MRV e destinados à locação.

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