Bovespa: às 13h20, o Ibovespa avançava 0,43 por cento, a 51.347 pontos. O giro financeiro do pregão era de 2,8 bilhões de reais. O índice chegou a recuar 1,19 por cento na mínima da sessão (Paulo Fridman/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 11 de abril de 2014 às 14h19.
São Paulo - A Bovespa se recuperava das perdas iniciais do dia e passava a avançar no início da tarde desta sexta-feira, puxada por bancos e Petrobras e repetindo o movimento apresentado no último pregão, conforme o fluxo de recursos estrangeiros no mês continuava positivo.
Às 13h20, o Ibovespa avançava 0,43 por cento, a 51.347 pontos. O giro financeiro do pregão era de 2,8 bilhões de reais. O índice chegou a recuar 1,19 por cento na mínima da sessão.
Na véspera, o Ibovespa também caiu inicialmente com investidores realizando lucros, mas reduziu as perdas no fim da tarde e fechou perto da estabilidade, com baixa de 0,11 por cento.
"Continuamos a ver redução de posição comprada de estrangeiros no Ibovespa futuro... mas o fluxo de compra (no mercado à vista) desse investidor ainda não virou (para o negativo). O descolamento das bolsas norte-americanas ainda continua e o mercado por aqui mostra certa resiliência", disse o analista Luis Gustavo Pereira, da Guide Investimentos.
Apesar de alguns especialistas terem apontado tendência de um movimento mais forte de realização de lucros antes dos investidores voltarem às compras, o Ibovespa tem conseguido se manter na faixa dos 51 mil pontos. Investidores estrangeiros, que foram determinantes para a alta de 7 por cento da Ibovespa em março, continuam aplicando no mercado acionário brasileiro. Até o dia 9, o saldo externo da bolsa estava positivo em 1,879 bilhão de reais em abril, segundo dados da BM&FBovespa. A alta das ações do setor financeiro, como Itaú Unibanco e Bradesco, que impulsionava o Ibovespa nesta sexta-feira, é um indicador "importante de tendência para o mercado", disse o analista da Guide Investimentos. Petrobras e BRF também ajudavam o índice a subir.
No sentido contrário, as ações da Sabesp exibiam a maior queda do índice, depois de a Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) ter cancelado a divulgação do reajuste tarifário da companhia de saneamento, programada para a noite de quinta-feira. As ações da Brookfield Incorporações exibiam acentuada volatilidade, depois da construtura e incorporadora divulgar seu quinto prejuízo trimestral consecutivo.
Os papéis iniciaram o pregão em queda que chegou a 4 por cento, inverteram para alta de 2 por cento e passaram à a estabilidade.
Analistas do Espírito Santo Investment Bank avaliaram que o resultado fraco da incorporadora torna mais provável a aceitação da oferta pública de aquisição de ações (OPA) proposta pela controladora da empresa, Brookfield Brasil Participações, em fevereiro. A empresa realizará uma reunião de acionistas em 14 de abril para discutir a proposta.