Mulher passa em frente a logotipo da Bovespa: no exterior, os futuros acionários norte-americanos recuavam depois de números chineses reforçarem as preocupações com o crescimento global (Nacho Doce/Reuters)
Da Redação
Publicado em 9 de novembro de 2015 às 12h16.
São Paulo - A Bovespa não mostrava viés claro na manhã desta segunda-feira, em meio à trégua na forte queda das ações da Vale nos últimos pregões e ganhos de Kroton, enquanto bancos pesavam negativamente.
Dados fracos sobre o comércio exterior chinês também afetavam as operações locais, enquanto o noticiário corporativo doméstico tinha efeito misto.
Às 11h56, horário de Brasília, o Ibovespa caía 0,03 por cento, a 46.903,87 pontos.
Do quadro político, o foco está voltado para a desdobramentos ligados ao projeto da repatriação de recursos de brasileiros no exterior, em razão do seu impacto para o ajuste fiscal e efeito no câmbio.
No exterior, os futuros acionários norte-americanos recuavam depois de números chineses reforçarem as preocupações com o crescimento global. Na Europa, o o FTSEufirst 300 perdia 0,23 por cento, com notícias corporativas também pesando.
Destaques
Vale mostrava as preferenciais de classe A em alta de 0,6 por cento, após queda de mais de 9 por cento nos últimos três pregões, em meio ao desatre com o rompimento de barragens em Minas Gerais.
Petrobras tinha as ordinárias em alta de 0,7 por cento, na esteira do avanço dos preços do petróleo , enquanto o mercado monitora a greve de funcionários da estatal, que vem afetando sua produção.
Na noite de sexta-feira, a companhia informou que os dois novos aditivos aos contratos de fornecimento de nafta para a Braskem , assinados em outubro, têm valor estimado de 950 milhões de reais. A ação da petroquímica subia 2,6 por cento.
Itaú Unibanco caía 1 por cento, pesando no Ibovespa, dado o relevante peso que detém na composição do Ibovespa.
Bradesco era mais uma pressão de baixa, com declínio de 0,55 por cento.
Tractebel subia 0,8 por cento, mesmo após queda no lucro do terceiro trimestre na base anual, com vários analistas considerando os dados fortes.
Embraer mostrava volatilidade, com alta de 1 por cento no final da manhã, em meio à confirmação de que o Líbano comprou seis aeronaves turboélice A-29 Super Tucano da sua unidade de defesa e segurança.
O Wall Street Journal ainda informou que a empresa brasileira está em negociações com grandes companhias aéreas norte-americanas para a venda de jatos regionais com capacidade para mais de 100 passageiros.
MRV avançava 3,8 por cento, entre as maiores altas do Ibovespa. O Bradesco BBI elevou a recomendação para a ação para "outperform", citando, entre outros fatores, considerar ser a única companhia no seu universo de cobertura para o setor capaz de entregar crescimento do lucro nos próximos anos.
JBS perdia 1,9 por cento, entre os pesos negativos, mesmo após a Arábia Saudita liberar importações de carne bovina do Brasil, conforme a greve de caminhoneiros colocava em alerta exportadores de aves e suínos. Marfrig cedia 0,16 por cento e BRF caía 0,7 por cento.