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Ibovespa tem leve variação com maior apetite a risco no exterior

Às 11:58, o índice da bolsa brasileira caía 0,23 por cento, a 70.719 pontos, depois de chegar a subir 0,49 por cento no início do pregão

B3: commodities em alta e os dados fortes do crescimento da indústria na China amparavam o tom positivo (Germano Lüders/Exame)

B3: commodities em alta e os dados fortes do crescimento da indústria na China amparavam o tom positivo (Germano Lüders/Exame)

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Reuters

Publicado em 31 de agosto de 2017 às 12h27.

São Paulo - O principal índice da bolsa paulista tinha leves variações nesta quinta-feira, com o cenário externo mais favorável a ativos de risco no exterior amparando o tom positivo, mas com investidores ainda adotando alguma cautela diante do cenário político local.

Às 11:58, o Ibovespa caía 0,23 por cento, a 70.719 pontos, depois de chegar a subir 0,49 por cento no início do pregão. O giro financeiro era de 2,56 bilhões de reais.

No exterior, as commodities em alta e os dados mostrando inesperada aceleração do crescimento da atividade industrial na China amparavam o tom positivo.

O cenário doméstico, no entanto, dava sinais mistos diante de algum avanço de medidas econômicas no Congresso, mas em ritmo ainda lento.

A Câmara concluiu a votação da TLP na véspera, medida que segue sem alterações para ser votada pelo Senado.

A apreciação do texto pela Casa, no entanto, precisa ocorrer até 7 de setembro, quando a medida provisória perde a validade.

No caso das novas metas fiscais para este ano e o próximo, o Congresso aprovou o texto-base, mas a votação dos destaques ficou para a próxima semana.

"Uma semana curta pelo feriado e encravada por outros temas como reforma política, possível denúncia de Janot (procurador-geral da República) contra Temer, MP Refis (refinanciamento de dívidas de empresas), ou seja, é muita tarefa para um Congresso despreocupado com a urgência das contas públicas", escreveram analistas da corretora Lerosa Investimentos em nota a clientes.

Destaques

- Petrobras PN avançava 0,67 por cento e Petrobras ON ganhava 1,22 por cento, acompanhando o movimento dos preços do petróleo no mercado internacional e tendo ainda no radar o aumento anunciado nesta manhã de 4,2 por cento no preço da gasolina nas refinarias, maior alta concedida desde a implementação da nova política de preços, há dois meses.

- Vale ON subia 0,90 por cento, em linha com o movimento dos contratos futuros do minério de ferro na China.

- Usiminas PNA avançava 3,51 por cento, Gerdau PN tinha alta de 1,52 por cento e CSN ON ganhava 0,94 por cento, também na esteira dos ganhos dos contratos futuros do minério de ferro e do aço na China.

- Sabesp ON tinha alta de 0,66 por cento. A empresa de saneamento tem audiência pública nesta sessão, na qual questiona a os dados preliminares da revisão tarifária inicial da Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp), e argumenta que o aumento tarifário deveria ser de 10,42 por cento, e não de 4,365 por cento, conforme indicado pela Arsesp.

- Estácio Paticipações ON caía 2,85 por cento, entre os destaques negativos do Ibovespa, com investidores adotando cautela diante do resultado da assembleia geral extraordinária desta sessão, na qual foi rejeitado o mecanismo que encarece a tomada de controle da empresa, e aproveitando os ganhos recentes para embolsar lucros. No mês até a véspera, a ação acumulava alta de quase 29 por cento.

- Qualicorp ON perdia 1,27 por cento, engatando a quinta sessão seguida de perdas. Apenas na véspera, a queda foi de 4,41 por cento, diante de preocupações regulatórias, após o Partido Social Liberal (PSL) questionar junto ao Supremo Tribunal Federal a constitucionalidade de resoluções normativas criadas pela agência reguladora de planos de saúde, a ANS.

- Cemig PN recuava 1,64 por cento, diante das incertezas quanto à realização de um leilão de usinas hidrelétricas da empresa cujos contratos expiraram.

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