Bovespa: às 11h34, o Ibovespa recuava 0,28 por cento, a 54.149 pontos (Dado Galdieri/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 18 de junho de 2014 às 11h53.
São Paulo - A Bovespa operava com leve baixa nesta quarta-feira, refletindo cautela dos investidores à espera de sinalizações de política monetária do banco central dos Estados Unidos.
Às 11h34, o Ibovespa recuava 0,28 por cento, a 54.149 pontos. O giro financeiro do pregão era de 1,34 bilhão de reais, em pregão marcado pelo vencimento de opções sobre Ibovespa e de índice futuro.
"O mercado está um pouco de lado, esperando sinalizações do Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto, na sigla em inglês) na parte da tarde. Assim como a inflação dos EUA trouxe volatilidade ontem, hoje podemos ter volatilidade extra", disse o analista Luis Gustavo Pereira, da Guide Investimentos.
O Fomc é um comitê do Federal Reserve, que deve cortar outros 10 bilhões de dólares das compras mensais de títulos.
Assim, o mercado vai focar as atenções na atualização das projeções econômicas e na coletiva à imprensa da chair do Fed, Janet Yellen. Investidores temem uma postura menos expansionista e sinais de que os juros podem subir antes do previsto, após dado ter apontado aumento da inflação na véspera.
Na cena corporativa doméstica, ações de energia apareciam entre as maiores altas do Ibovespa, com destaque para Cesp , Cemig e CPFL. Profissionais do mercado citaram chance de nova ajuda do governo a distribuidoras, após a Aneel, agência reguladora do setor, admitir na terça-feira que o preço da energia de curto prazo (PLD) segue acima do que o setor pode suportar.
Na outra ponta, BB Seguridade e Banco do Brasil era destaques de perdas. Em nota a clientes, o BTG Pactual apontou maior preocupação do mercado com o baixo crescimento econômico brasileiro, potencial alta dos calotes em 2015 e crescente concentração de alocação de investidores em ações do setor financeiro no Brasil.
Os analistas afirmaram ver potencial de alta limitado para BB Seguridade, que já havia caído na véspera após ter recomendação rebaixada pelo Bradesco.
A concessionária de infraestrutura CCR também aparecia entre as maiores baixas, em dia de apresentação de propostas para a Parceria Público Privada (PPP) da rodovia Tamoios. Analistas de mercado veem a CCR e a Ecorodovias como fortes candidatas na disputa.