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Ibovespa tem baixa de 0,90% com vendas de investidores

Apesar do noticiário intenso, não houve um fator específico que justificasse uma nova onda de realizações de lucro nas ações

Ibovespa: a bolsa já iniciou o dia em terreno negativo e chegou a cair 1,10% no início da tarde (Paulo Whitaker/Reuters)

Ibovespa: a bolsa já iniciou o dia em terreno negativo e chegou a cair 1,10% no início da tarde (Paulo Whitaker/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 17 de outubro de 2017 às 19h10.

São Paulo - O Índice Bovespa teve nesta terça-feira, 17, mais um pregão de queda, com as ordens de venda sendo emitidas principalmente pelos investidores estrangeiros.

Profissionais do mercado afirmam que, apesar do noticiário intenso, não houve um fator específico que justificasse uma nova onda de realizações de lucro nas ações.

Em vez disso, apontaram motivos diversos para fundamentar a queda de 0,90% do índice, que terminou o dia aos 76.201,25 pontos.

Entre esses fatores estiveram a volatilidade do petróleo, a cautela com o cenário político doméstico, notícias corporativas e a proximidade do vencimento das opções sobre o Ibovespa, amanhã.

A bolsa já iniciou o dia em terreno negativo e chegou a cair 1,10% no início da tarde, refletindo o fraco desempenho das bolsas de Nova York e a alternância entre altas e baixas do petróleo ao longo do dia.

Internamente, seguiam no radar as sessões parlamentares em torno da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer e do afastamento do senador Aécio Neves (PSDB-MG).

Hoje, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que a recente crise com o Palácio do Planalto já estava superada, dissipando o mal-estar sentido ontem nos mercados.

"Não vimos nenhuma notícia de muita relevância hoje, que determinasse sozinha a queda da bolsa. O que vimos foram alguns papéis que continuaram a passar por realização de lucros, enquanto outros reagiram ao noticiário corporativo específico", disse Roberto Indech, analista da Rico Corretora.

Entre as ações que reagiram ao noticiário corporativo, o principal destaque foi Embraer ON. A ação perdeu 5,41% de seu valor e foi a maior queda entre os papéis da carteira do Ibovespa.

O papel chegou a cair mais de 6% pela manhã, influenciado pela notícia de que a canadense Bombardier vendeu parte relevante de seus negócios com aviação comercial para a Airbus, o que pode acirrar a concorrência com a fabricante brasileira.

A volatilidade dos preços do petróleo influenciou diretamente as ações da Petrobras, que fecharam em baixa de 0,18% (ON) e alta de 0,06% (PN).

Já a queda do preço do minério de ferro favoreceu a baixa de 2,31% da ação da Vale e das siderúrgicas, como Usiminas PNA (-3,21%).

Fibria ON (-3,69%) e Suzano PNB (-3,26%) estiveram entre os papéis cujas perdas foram atribuídas ainda à realização de lucros recentes, gerados por perspectivas otimistas para o setor de papel e celulose.

Os papéis do setor financeiro, grupo de maior peso na composição do Ibovespa, também passaram por correção. Itaú Unibanco PN caiu 0,16% e Bradesco PN 0,25%.

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