Mercados

Ibovespa tem alta semanal de 0,86%, mas fecha abaixo dos 105 mil pontos

Avanço nas negociações sino-americanas e possível acordo para Brexit pesaram positivamente

Ibovespa sobe pela segunda semana consecutiva apesar de queda na sexta-feira (18) (Stockstudio/Getty Images)

Ibovespa sobe pela segunda semana consecutiva apesar de queda na sexta-feira (18) (Stockstudio/Getty Images)

GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 18 de outubro de 2019 às 17h57.

Última atualização em 18 de outubro de 2019 às 18h16.

São Paulo - A queda de 0,27% do Ibovespa nesta sexta não foi suficiente para impedir a segunda alta semanal consecutiva. No período, o índice subiu de 0,86% e fechou em 104.728,89 pontos. Esta foi a terceira maior pontuação para uma sexta-feira da história.

Ao longo da semana, alguns fatores influenciaram positivamente os mercados. Entre eles, os avanços das negociações comerciais entre China e Estados Unidos e das conversas para a saída do Reino Unido da União Europeia.

Na quinta-feira (17), quando o primeiro ministro britânico, Boris Johnson, informou que havia chegado a um acordo para o Brexit, havia forte expectativa sobre a possibilidade de o Ibovespa bater recorde, o que não ocorreu. Naquele dia a intensificação da crise política no partido do presidente Jair Bolsonaro levou a expulsão da deputada federal Joice Hasselmann da liderança do governo no Congresso Nacional.

O imbróglio partidário mexeu com os ânimos em Brasília e respingou na Bolsa, que tem estado em baixa desde então. Hoje, a parlamentar chegou a defender a expulsão de aliados de Bolsonaro.

Outro fator que pode ter pressionado a baixa da última sessão foi a divulgação do PIB da China, que cresceu 6% no terceiro trimestre se comparado ao mesmo período do ano passado. Considerado um dos mais baixos crescimentos trimestrais da história recente do país, o dado veio abaixo da expectativa do mercado e representa mais um sinal de desaceleração global.

Apesar de o Ibovespa ter fechado em queda nesta sexta, algumas ações do índice tiveram valorizações significativas. Esse é o caso dos papéis da Eletrobras (ELET3), que subiram 5,03% após o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmar que o pretende enviar pessoalmente ao Congresso o projeto de lei de privatização da companhia, que pode chegar em novembro.

Após a oferta secundária de ações, os papéis do Banco do Brasil (BBAS3) se valorizaram 2,56% mesmo com os principais bancos listados em queda na Bolsa. Segundo o que fontes disseram à agência Reuters, o BB e o FI-FGTS, vendedores dos papéis, arrecadaram 5,8 bilhões de reais na operação.

Por outro lado, as siderúrgicas lideraram as perdas do Ibovespa. No segmento, as ações da Vale (VALE3), Gerdau Metalúrgica (GOAU4) e CSN (CSN3) recuaram 1,46%, 2,38% e 1,81%, respectivamente. Já a Usiminas (USIM3), teve valorização de 0,11% na Bolsa.

No início do dia havia forte expectativa sobre a apreciação dos papéis da Petrobras, o que não se concretizou ao final do dia. Embora a empresa tenha divulgado, pela manhã, crescimento da produção no terceiro trimestre, suas ações preferenciais caíram 0,22% e as ordinárias 0,83%. Na primeira hora de pregão, os papéis chegaram a subir 1%.

No mercado de câmbio, o dólar se desvalorizou 1,316% frente ao real e fechou sendo negociado a 4,1153 reais na venda. Com isso, a moeda volta a se aproximar do nível em que estava na última sexta-feira, antes das recentes altas, que levaram a moeda americana a bater 4,18 reais na semana.

Acompanhe tudo sobre:BBAS3Ibovespa

Mais de Mercados

Muita emoção na Bolsa? As ações de “convicção” do UBS para navegar na volatilidade

Ações de Netflix e Disney caem após China anunciar redução na importação de filmes dos EUA

Insider trading? Senadores pedem investigação de Trump após pausa em tarifas

Apesar de trégua, tarifas de Trump terão 'impacto sério' na economia global, diz UBS