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Ibovespa tem 2ª alta, com ajuda de blue chips e elétricas

Índice da Bolsa de São Paulo registrou subiu 0,36%, a 45.861 pontos, com giro financeiro de R$ 6,2 bilhões


	Tanques da Petrobras: ações da companhia exerceram a maior influência positiva sobre o índice, após o Credit Suisse elevar a recomendação
 (Pedro Lobo/Bloomberg News)

Tanques da Petrobras: ações da companhia exerceram a maior influência positiva sobre o índice, após o Credit Suisse elevar a recomendação (Pedro Lobo/Bloomberg News)

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Da Redação

Publicado em 12 de março de 2014 às 18h04.

São Paulo - O principal índice da Bovespa teve a segunda alta seguida nesta quarta-feira, com investidores aproveitando para comprar papéis considerados baratos, mas preocupações sobre China e Ucrânia impediram avanço mais significativo.

O Ibovespa registrou subiu 0,36 por cento, a 45.861 pontos. O giro financeiro do pregão somou 6,2 bilhões de reais.

As ações preferenciais da Petrobras exerceram a maior influência positiva sobre o índice, após o Credit Suisse elevar a recomendação para o ADR da empresa para "neutra", de "underperform", afirmando que o preço do papel está "em níveis difíceis de ignorar".

"O Credit Suisse disse que a situação da empresa continua ruim, mas que a ação está barata. Investidores replicaram o conselho relativo à Petrobras para outros papéis", disse o analista-chefe da Corretora Magliano, Henrique Kleine.

No embalo da Petrobras, a ação preferencial da mineradora Vale, que acumulava queda de cerca de 20 por cento no ano até o fechamento de terça, avançou 1,38 por cento.

Ações do setor elétrico também ajudaram a bolsa a subir, com destaque para Energias do Brasil, Eletrobras, e Light.

A notícia de que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) deve concluir resolução para regular a devolução dos saldos da Conta de Energia de Reserva (Coner), que pode fazer as distribuidoras receberem recursos e mitigar um pouco a pressão para aporte do Tesouro Nacional na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), aliviou a pressão sobre o setor.

Segundo estimativas da Aneel feitas à Reuters, as distribuidoras poderiam receber até 2,175 bilhões de reais em 2014.

Porém, a ausência de catalisadores domésticos, num momento em que o investidor segue cético com a economia, assim como persistentes preocupações sobre a China e Ucrânia, impediram ganhos maiores do Ibovespa.

"Continuam vigorando duas preocupações básicas: com a desaceleração da economia chinesa e a aproximação do referendo separatista na Criméia", afirmou o sócio da Órama Investimentos Álvaro Bandeira.

Nesta terça, o sentimento negativo sobre a China se estendeu para o mercado de cobre, após um calote da dívida de uma empresa de painéis solares chinesa acender preocupações sobre defaults de dívidas que têm, muitas vezes, a commodity como garantia.

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