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Ibovespa sobe quase 3% puxado por bancos após Copom cortar Selic

A alta diz respeito ao efeito direto que o recuo na Selic tem sobre a economia real

Bovespa: perto do horário das 11h20, o Ibovespa subia 2,86%, aos 64.230,40 pontos (Germano Luders/Site Exame)

Bovespa: perto do horário das 11h20, o Ibovespa subia 2,86%, aos 64.230,40 pontos (Germano Luders/Site Exame)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 12 de janeiro de 2017 às 10h37.

Última atualização em 12 de janeiro de 2017 às 11h57.

São Paulo - A Bovespa reagiu com força na primeira meia hora do pregão desta quinta-feira, 12, à decisão de quarta-feira do Comitê de Política Monetária (Copom) de acelerar a queda da taxa básica de juros.

Na visão de analistas deste mercado, a alta diz respeito ao efeito direto que o recuo na Selic tem sobre a economia real, em especial empresas dos setores elétrico, rodoviário, varejo.

As maiores altas da Bovespa eram de BR Malls ON (6,64%), seguida por EcoRodovias ON (5,76%), Copel PNB (5,59%), Lojas Americanas PN (5,35%), Lojas Renner ON (5,19%), Localiza ON (5,39%) e Cyrela ON (5,13%).

De acordo com operadores, se por um lado o corte mais agressivo da Selic será um fator bem positivo para o desempenho do Ibovespa, por outro, a reação negativa das bolsas europeias e futuros de Nova York a "não notícia" sobre o plano econômico de Donald Trump, que toma posse na Presidência dos Estados Unidos no dia 20, será o contraponto.

Perto do horário das 11h20, o Ibovespa subia 2,86%, aos 64.230,40 pontos.

"A bolsa já antecipou uma parte da queda da Selic com as altas nos últimos pregões, mas falta um pouco mais para corrigir para cima", nota Marco Tulli Siqueira - gestor de renda variável da Coinvalores.

Para Tulli, a reação das bolsas na Europa será um fator de equilíbrio para a bolsa brasileira nesta quinta. "Nada que mude a tendência de alta", afirma o gestor.

Além de digerir a decisão de corte maior no juro básico, a continuidade do fortalecimento das commodities amplia o tom otimista. Desde a quarta, os investidores têm estado otimistas de que o acordo da Opep e 11 produtores de fora do cartel no final do ano passado para cortar cerca de 2% da produção global esteja se materializando.

Maior exportadora de petróleo do mundo, a Arábia Saudita teria informado a compradores asiáticos que iria reduzir o seu fornecimento de petróleo em fevereiro.

A produção de petróleo dos membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) registrou sua primeira queda nos últimos sete meses, de acordo com um recente relatório da S&P Global Platts.

Para os operadores, os papeis dos bancos podem apresentar alguma volatilidade, a depender se vão querer compensar a queda da taxa básica aumentando o spread.

Tulli ressalta ainda que os investidores seguem acompanhando o processo de socorro aos estados que passam por uma crise em suas finanças e também a continuidade do ajuste fiscal no âmbito do governo federal.

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