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Ibovespa sobe quase 2%; na semana, desempenho ainda é negativo

Número de pedido de auxílio-desemprego nos EUA cai 7 mil; bolsas também sobem no exterior

OGX encerrou o segundo trimestre de 2011 com prejuízo de R$ 108,7 milhões (Fernando Cavalcanti)

OGX encerrou o segundo trimestre de 2011 com prejuízo de R$ 108,7 milhões (Fernando Cavalcanti)

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Da Redação

Publicado em 11 de agosto de 2011 às 12h24.

São Paulo – O Ibovespa mostra fôlego no pregão desta quinta-feira (11), assim como os principais mercados ao redor do mundo. Na máxima do dia, o principal índice da bolsa subia 1,96%, aos 52.407 pontos. Na semana, o desempenho ainda é negativo em 1%.

A agenda internacional de hoje mostra que o número de trabalhadores americanos que entraram pela primeira vez com pedido de auxílio-desemprego caiu 7 mil, para 395 mil, após ajustes sazonais, na semana até 6 de agosto, informou o Departamento de Trabalho dos EUA. O dado da semana anterior foi revisado para um total de 402 mil novos pedidos, acima dos 400 mil informados anteriormente.

Os receios quanto aos sintomas da crise na Europa ainda persistem. O mercado teme que a França venha a ser a próxima grande economia global a ter seu rating AAA rebaixado, assim como aconteceu com os Estados Unidos na semana passada. As ações dos bancos franceses seguem na berlinda e penalizam mais fortemente o mercado acionário parisiense, com queda de mais de 2%.

“Não é suficiente que as agências de classificação de risco reafirmem o rating AAA da dívida francesa, pois o que move os mercados é a expectativa e a confiança, e quando isso é quebrada ou pelo menos ainda se encontra em fase de ajustamento negativo, a melhoria pontual dos mercados acionários pode ser facilmente revertida”, explica em relatório a equipe de pesquisa da Prosper Corretora, liderada pelo analista Eduardo Velho, justificando o recuo nas bolsas da Europa.

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OGX

Após abrirem no terreno negativo, as ações ordinárias da OGX (OGXP3) ganham o campo positivo. Os papéis da petroleira controlada por Eike Batista subiam 2,6% na máxima, negociados a 10,83 reais.

A OGX encerrou o segundo trimestre com prejuízo de R$ 108,7 milhões, conforme relatório enviado na noite de ontem à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). No mesmo período do ano passado, a companhia havia registrado lucro de R$ 57,8 milhões.

A empresa afirma que o principal impacto sobre o resultado veio do aumento das despesas financeiras, que passaram de R$ 15,7 milhões no segundo trimestre de 2010 para R$ 190,3 milhões no trimestre passado, bem como pelo aumento das despesas com exploração, que somaram R$ 42,7 milhões (ante R$ 25,2 milhões), e das despesas gerais e administrativas, de R$ 87 milhões (ante R$ 57,1 milhões).

Além disso, a OGX planejava para outubro um dos eventos mais aguardados entre os admiradores (e especialmente entre os críticos) do empresário Eike Batista, a produção de petróleo. Agora, o acontecimento, o início da produção de petróleo pela OGX, foi adiado para o final do mês, com a possibilidade de ocorrer só no início de novembro.


AmBev

Com alta de 39% em 2011, as ações preferenciais da AmBev (AMBV4) valorizavam 4% na máxima deste pregão, negociadas a 47,95 reais.

A companhia fechou o segundo trimestre com alta de 21,3 por cento no lucro líquido, apesar de uma base de comparação forte com o período da Copa do Mundo de 2010 e temperaturas mais baixas no período.

A empresa preferiu praticar uma diferença de preços ante concorrentes acima da média histórica no mercado de cerveja brasileiro, o que impulsionou a geração de caixa apesar de quedas no volume vendido e na participação de mercado na comparação anual.

Apesar de considerar o desempenho da indústria de bebidas como fraco no Brasil no segundo trimestre, a companhia que integra a maior cervejaria do mundo, a AB InBev, informou no balanço que deve lançar até o final de agosto a marca norte-americana de cerveja Budweiser.

Fibria

A maior produtora de celulose do mundo, Fibria (FIBR3), acertou acordo para negociar com a japonesa Oji Paper a venda de sua fábrica de papel no interior de São Paulo por 313 milhões de dólares.

A Fibria informou nesta quinta-feira que a expectativa é que a venda da unidade de Piracicaba --último ativo de papel da companhia brasileira, que reafirmou sua estratégia de se focar apenas em celulose de mercado-- deve ser concluída até 29 de setembro, mediante pagamento à vista.

As ações da companhia mostra forte volatilidade nesta quinta-feira e oscilam entre os terrenos positivo e negativo. No início da tarde, as ações subiam 0,47%, vendidas a 14,06 reais. Em 2011, os papéis caem 46%.
 

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