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Ibovespa sobe mais de 1% com trégua chinesa

Índice ensaia recuperação após o forte tombo de 2,51% na última sessão

BOLSA: no dia 20 de maio de 2008, Ibovespa bateu o que hoje seriam 134.487 pontos / Germano Lüdes (Germano Ludes/Exame)

BOLSA: no dia 20 de maio de 2008, Ibovespa bateu o que hoje seriam 134.487 pontos / Germano Lüdes (Germano Ludes/Exame)

TL

Tais Laporta

Publicado em 6 de agosto de 2019 às 13h35.

A bolsa paulista ensaiava uma recuperação nesta terça-feira, após fortes perdas na véspera, favorecida pela trégua no cenário global, com agentes financeiros ainda atentos ao possível início da votação da reforma da Previdência em segundo turno na Câmara dos Deputados.

Às 13:30, o Ibovespa subia 1,27%, a 101.341 pontos. O volume financeiro somava 3,98 bilhões de reais.

Alguns agentes de mercado citaram que a forte realização na véspera, quando o Ibovespa fechou em queda de 2,5%, maior declínio desde meados de maio (13), abriu espaço para compras.

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"Os indicadores do mercado, devido a todo o stress de ontem, ficaram novamente interessantes", destacou a equipe do BTG Pactual, em nota a clientes divulgada pela equipe da área de gestão de recursos, referindo-se ao comportamento dos múltiplos, depois da queda de alguns papéis e a valorização do dólar.

No exterior, apesar do alívio nos pregões, a Guide Investimentos destacou que as tensões permanecem, chamando a atenção para a decisão dos Estados Unidos de classificar a China como 'manipulador cambial', após Pequim deixar o iuan desvalorizar para uma mínima em mais de dez anos.

"Até ter uma solução estrutural à vista, o mercado deve continuar se ajustando ao horizonte de riscos trazidos por um conflito prolongado", afirmou a Guide em nota a clientes.

Da cena brasileira, o Congresso Nacional retoma suas atividades nesta semana, após a pausa durante o chamado recesso branco, e centra seus esforços na reforma da Previdência, com a expectativa de que a votação em segundo turno na Câmara dos Deputados possa começar já na terça-feira.

Destaques do dia

- IRB BRASIL subia mais de 5%, entre as maiores altas, após a resseguradora reportar um salto de 35% no lucro do segundo trimestre e elevar sua previsão de crescimento dos prêmios emitidos para 2019.

- MAGAZINE LUIZA valorizava-se acima de 4%, conforme segue a expectativa positiva com o consumo após medidas de estímulo do governo e queda nos juros. A empresa promoveu o desdobramento de suas ações na proporção de 1 para 8, com o objetivo de dar mais liquidez (facilidade nas negociações) aos seus papéis. VIA VAREJO avançava 1,77%.

- MARFRIG apreciava-se 5,23%. A maior produtora de hambúrguer do mundo anunciou acordo com a norte-americana Archer Daniels Midland para produzir e comercializar produtos de proteína vegetal no Brasil.

- CIELO caía 1,41%, tendo de pano de fundo negativa do Banco do Brasil na segunda-feira de que existam tratativas ou discussões para venda de sua participação na maior empresa de meios de pagamento do país.

- VALE avançava 1,46%, recuperando-se de perdas fortes na véspera e ajudando na melhora do Ibovespa.

- PETROBRAS PN tinha elevação de 1,88%, também acompanhando a retomada do viés mais positivo, com o petróleo em alta ajudando o movimento.

- ITAÚ UNIBANCO PN e BRADESCO PN subiam 1,68% e 1,66%, respectivamente, também endossando a trajetória de recuperação.

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