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Ibovespa sobe com ajuste e de olho na política

Às 11:19, o Ibovespa subia 0,94 por cento, a 63.820 pontos. O giro financeiro era de 1,9 bilhão de reais

B3: mercado segue apostando que o Congresso continuará trabalhando independente da crise que afeta o governo (Patricia Monteiro/Bloomberg)

B3: mercado segue apostando que o Congresso continuará trabalhando independente da crise que afeta o governo (Patricia Monteiro/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 26 de maio de 2017 às 11h33.

São Paulo - O principal índice da Bovespa operava no azul nesta sexta-feira, com investidores ainda aproveitando as quedas recentes diante do cenário político conturbado para buscar oportunidades de compra. As ações da JBS, por sua vez, lideravam a ponta negativa, com recuo ao redor de 7 por cento após forte alta na véspera.

Às 11:19, o Ibovespa subia 0,94 por cento, a 63.820 pontos. O giro financeiro era de 1,9 bilhão de reais.

O governo segue tentando transmitir a ideia de normalidade, com andamento da agenda de reformas no Congresso, apesar da forte crise que abala o Planalto desde a semana passada diante de denúncias contra o presidente Michel Temer após a divulgação de conversa entre Temer e um dos sócios da JBS.

Na quinta-feira, um dia após fortes protestos em Brasília, Temer voltou a afirmar que o país "não parou" e destacou as aprovações de medidas provisórias no Congresso Nacional.

Segundo analistas da corretora Lerosa Investimentos, o mercado segue apostando que o Congresso continuará trabalhando independente da crise que afeta o governo, incluindo a tramitação das reformas na semana que vem.

Além disso, a expectativa por corte de 1 ponto percentual da taxa básica de juros na próxima semana também ajuda o tom positivo dos negócios no curto prazo.

Destaques

- JBS ON caía 7 por cento, em mais uma sessão agitada para os papéis e marcada por leilões desde a abertura do pregão. As ações da empresa de alimentos têm mostrado volatilidade intensa desde a delação de seus executivos, na semana passada.

Na véspera, os papéis subiram 22,56 por cento, com investidores aproveitando as baixas cotações e também em meio a expectativa por venda de ativos.

Nesta sexta-feira, o conselho de administração da JBS terá a primeira reunião após o escândalo que veio à tona na semana passada e em meio a críticas de acionistas para que os irmãos Batista se afastem da empresa.

- Petrobras PN perdia 1 por cento, enquanto Petrobras ON tinha variação positiva de 0,35 por cento. No radar estava o anúncio de redução do preço de combustíveis, o que foi surpreendente na visão de analistas do BTG Pactual, uma vez que os preços médios e spot indicavam a necessidade de pequenos aumentos para manter os prêmios estáveis.

Os analistas destacam, no entanto, que seguem positivos com o papel.- Itaú Unibanco PN subia 1,7 por cento e Bradesco PN avançava 1,6 por cento, ajudando o viés de alta do Ibovespa devido ao peso em sua composição.

A sessão era positiva para o setor bancário como um todo, com Banco do Brasil ON ganhando 2,4 por cento e Santander UNIT avançando 1,4 por cento.

- CCR ON avançava 2,65 por cento, em sessão de queda das taxas de juros futuros e com aumento das chances de corte de 1 ponto percentual da Selic na próxima semana.

- Marfrig ON tinha alta de 1,75 por cento, tendo no radar a possibilidade de a empresa ganhar espaço diante dos problemas envolvendo a JBS. Na véspera, a associação que representa médios e pequenos frigoríficos, Abrafrigo, disse que os desdobramentos do escândalo de corrupção envolvendo a delação da cúpula da JBS podem resultar em uma diminuição da oferta de carne no país, algo que beneficiaria rivais que estão de olho em um eventual vácuo da maior produtora e exportadora de carne bovina do Brasil no mercado.

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