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Ibovespa sobe 2,4% e Embraer dispara 22,5%

O tom favorável ganhou respaldo também da diminuição das preocupações em relação a um iminente rebaixamento da nota de crédito do país

B3: o noticiário corporativo teve ainda o plano de negócios da Petrobras (Patricia Monteiro/Bloomberg)

B3: o noticiário corporativo teve ainda o plano de negócios da Petrobras (Patricia Monteiro/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 21 de dezembro de 2017 às 19h11.

Última atualização em 21 de dezembro de 2017 às 19h15.

São Paulo - O principal índice da bolsa paulista subiu nesta quinta-feira, voltando aos 75 mil pontos, com as ações da Embraer disparando 22,5 por cento após notícias sobre negociações para potencial combinação com a norte-americana Boeing.

O Ibovespa fechou em alta de 2,41 por cento, a 75.133 pontos, na máxima da sessão e maior patamar de fechamento desde o fim de outubro. A alta percentual foi a maior desde 8 de novembro. O giro financeiro somou 9,66 bilhões de reais.

O noticiário corporativo teve ainda o plano de negócios da Petrobras. O tom favorável do mercado acionário ganhou respaldo também da diminuição das preocupações em relação a um iminente rebaixamento da nota de crédito do país.

Após uma abertura levemente positiva, o Ibovespa perdeu fôlego e passou a oscilar em torno do zero, após notícia de que a agência de classificação S&P poderia rebaixar a nota de crédito do Brasil na próxima semana. No entanto, declarações do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, no início da tarde ajudaram a diminuir as preocupações.

Meirelles disse que não conversou sobre mudanças de rating nas reuniões que teve com as agências Standard & Poor's, Fitch e Moody's, acrescentando que não houve informação de qualquer antecipação de movimento sobre o rating.

No front econômico, dados seguem indicando um cenário mais benigno para uma recuperação da economia. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) fechou 2017 com alta de 2,94 por cento, menor patamar desde 1998. A prévia da inflação oficial do país indicou que os preços devem encerrar 2017 abaixo do piso da meta do governo, garantindo espaço para o Banco Central continuar com o corte dos juros.

Destaques

- EMBRAER ON disparou 22,5 por cento, maior alta diária desde junho de 1999, após a notícia de que a empresa negocia com a norte-americana Boeing uma potencial combinação dos negócios. Os papéis entraram e saíram de leilão algumas vezes, avançando 39,5 por cento na máxima, a 23 reais, a maior cotação intradia desde abril de 2016. O giro com as ações somou 342 milhões de reais, o sétimo maior do pregão.

A confirmação das conversas veio após o Wall Street Journal reportar mais cedo as negociações, informando que o acordo que envolveria um prêmio relativamente grande para a Embraer.

- PETROBRAS PN subiu 4,07 por cento e PETROBRAS ON avançou 4,32 por cento, após a empresa divulgar previsão de investimentos de 74,5 bilhões de dólares entre 2018 e 2022, leve alta na comparação com o total previsto no plano anterior (2017-21), de 74,1 bilhões.

- ELETROBRAS ON sbuiu 4,96 por cento e ELETROBRAS PNB ganhou 5,7 por cento, com a expectativa em torno do processo de privatização, após o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, dizer que o projeto de lei para viabilizar a privatização da elétrica pode ser enviado ao Congresso Nacional até o fim desta semana.- VALE ON avançou 1,48 por cento, em sessão de alta dos futuros do minério de ferro na China.

- USIMINAS PNA teve valorização de 0,67 por cento, CSN ON ganhou 2,19 por cento e GERDAU PN subiu 1,79 por cento, tendo no radar o avanço dos futuros do minério de ferro e do aço na China e diante de perspectivas otimistas para reajustes em preço da commodity.

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