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Ibovespa sobe 1,37% e recupera os 68 mil pontos

O pregão foi marcado pelo alívio na tensão com a Coreia do Norte pelo ajuste nas carteiras dos índices com a saída da ação preferencial da Vale

B3: o mercado seguiu à espera do anúncio da nova meta fiscal (Patricia Monteiro/Bloomberg)

B3: o mercado seguiu à espera do anúncio da nova meta fiscal (Patricia Monteiro/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 14 de agosto de 2017 às 18h04.

São Paulo - O principal índice da bolsa paulista fechou em alta nesta segunda-feira, retomando o patamar dos 68 mil pontos, com a diminuição de tensões geopolíticas internacionais trazendo alívio aos negócios.

O Ibovespa subiu 1,37 por cento, a 68.284 pontos. O giro financeiro do pregão somou 7,93 bilhões de reais.

Os receios de um conflito entre Estados Unidos e Coreia do Norte diminuíram após o presidente da Coreia do Sul dizer de que é preciso tratar a ambição nuclear de Pyongyang pacificamente e autoridades de primeiro escalão dos EUA minimizarem o risco de uma guerra iminente.

"Essa sensação de que a situação pode estar mais na retórica de um lado ou de outro... melhorou os mercados lá fora e aqui a gente seguiu o humor", disse o economista da Órama Investimentos Alexandre Espirito Santo. Em Wall Street, o S&P 500 fechou em alta de 1 por cento.

No entanto, o economista não vê a alta desta segunda-feira como sinalização de tendência e espera volatilidade à frente.

"Se o mercado subir ou cair, vai ser com muito solavanco. Não vai ser tranquilo, tanto pela sensação interna, de que as coisas não estão tranquilas como desejado, como pela situação externa", disse o economista.

O pregão foi marcado ainda pelo ajuste nas carteiras dos índices, incluindo o Ibovespa, com a saída da ação preferencial da Vale, após a ampla adesão dos acionistas à conversão em papéis ordinários, como parte do plano da mineradora para pulverizar o controle.

Localmente, o mercado seguiu à espera do anúncio da nova meta fiscal, para acomodar um déficit maior neste ano e no próximo.

Destaques

- VALE ON subiu 1,62 por cento, após ampla adesão de acionistas para converter ações preferenciais em ordinárias, como parte do processo de pulverização de capital da empresa, e adesão ao Novo Mercado, mais alto nível de governança da bolsa. VALE PNA, que saiu do índice, teve alta de 1,46 por cento.

- COPEL PNB avançou 9,4 por cento, engatando a segunda alta e liderando os ganhos do Ibovespa, após a empresa informar que decidiu não prosseguir com uma oferta subsequente de ações e divulgar o balanço do segundo trimestre. Com isso, o papel acumulou alta de 14,8 em duas sessões.

- PETROBRAS PN subiu 1 por cento e PETROBRAS ON teve alta de 0,67 por cento, na contramão dos preços do petróleo no mercado internacional. No radar esteve o processo de desinvestimento da empresa, com o início da fase não vinculante de venda de ativos no Paraguai.

- CEMIG PN teve alta de 1,11 por cento, após divulgar resultado do segundo trimestre, com queda de 32 por cento no lucro ante igual período do ano passado. Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) aumentou 8,75 por cento na mesma comparação. A Brasil Plural elogiou os dados operacionais da empresa.

- SABESP ON caiu 2,45 por cento, liderando a ponta negativa do Ibovespa, em reação à divulgação preliminar da fase inicial da segunda revisão tarifária, com indicação de aumento da tarifa abaixo do esperado por analistas.

- AZUL PN subiu 1,85 por cento. No radar estava o resultado do segundo trimestre, com prejuízo inferior ao do mesma etapa de 2016, e aumento da receita líquida.

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