Mercados

Ibovespa sobe 1% e acumula alta de 11% em outubro

No melhor momento do pregão, o índice subiu mais de 1% e atingiu os 65 mil pontos no intradia pela primeira vez desde 3 de abril de 2012

Bovespa: para operadores, a manutenção desse viés otimista ao longo de novembro vai depender ainda dos resultados corporativos (Marcos Issa/Bloomberg)

Bovespa: para operadores, a manutenção desse viés otimista ao longo de novembro vai depender ainda dos resultados corporativos (Marcos Issa/Bloomberg)

R

Reuters

Publicado em 31 de outubro de 2016 às 20h08.

São Paulo - O principal índice da Bovespa fechou em alta nesta segunda-feira e engatou o quinto mês seguido de ganhos, na maior sequência de altas desde 2003, com o movimento nesta sessão impulsionado pelo setor bancário após o resultado trimestral do Itaú Unibanco.

O Ibovespa subiu 0,96 por cento, para 64.924 pontos, renovando a máxima de fechamento desde 2 de abril de 2012 (65.216 pontos).

No melhor momento do pregão, o índice subiu mais de 1 por cento e atingiu os 65 mil pontos no intradia pela primeira vez desde 3 de abril de 2012.

Em outubro, o índice acumulou ganho de 11,2 por cento, com os ganhos chegando a 49,8 por cento no ano.

O volume financeiro deste pregão somou 8,5 bilhões de reais, abaixo da média diária para o mês, de 8,8 bilhões de reais.

O bom humor no mercado acionário ao longo deste mês veio na esteira do otimismo com a cena política e com o avanço de medidas econômicas no Congresso Nacional.

Para operadores, a manutenção desse viés otimista ao longo de novembro vai depender ainda dos resultados corporativos aguardados para o início do mês, além de fatores externos.

"O cenário de novembro vai depender basicamente dos resultados (das empresas), das eleições e da política de juros nos Estados Unidos e também de como vai ser atuação do governo brasileiro", disse o gerente de renda variável da H.Commcor, Ari Santos.

No exterior, as preocupações com as eleições norte-americanas voltaram à tona após o FBI informar na sexta-feira que revisará emails relacionados a uso de servidor pessoal de Hillary Clinton, a poucos dias do pleito, por receios de que o acontecimento pode dar algum fôlego ao republicano Donald Trump.

Destaques

- ITAÚ UNIBANCO subiu 3,48 por cento, após divulgar resultado trimestral com lucro líquido de 5,394 bilhões de reais, queda de 9,3 por cento ante igual período de 2015, mas com menos provisões. Para analistas do UBS, os resultados indicam tendência sólida. Outros bancos seguiram na esteira do otimismo e também mostraram avanços. BRADESCO PN avançou 3,15 por cento e BANCO DO BRASIL ganhou 3,53 por cento.

- EMBRAER avançou 6,85 por cento, a maior alta do Ibovespa, após informar prejuízo líquido de 34 milhões de dólares, impactada por custo de demissões, baixas contábeis e acordos para encerrar acusações de corrupção. No entanto, excluindo as despesas não recorrentes, o lucro líquido ajustado foi de 79 milhões de dólares, pequena alta frente ao mesmo período do ano passado. A equipe do BTG Pactual destacou o fato de a companhia ter reiterado projeção de 2016 como indicação de um quarto trimestre melhor, em linha com a sazonalidade normal do negócio.

- FIBRIA subiu 1,87 por cento, após a maior produtora de celulose de eucalipto do mundo anunciar lucro líquido de 32 milhões de reais no terceiro trimestre, ante prejuízo de 601 milhões em igual etapa de 2015.

- EQUATORIAL avançou 2,61 por cento. Como pano de fundo estava a notícia do jornal Valor Econômico de que a empresa prepara uma oferta final bilionária pelos ativos de transmissão da Abengoa.

- PETROBRAS PN caiu 2,21 por cento e PETROBRAS ON perdeu 2,56 por cento, em sessão marcada pela queda nos preços do petróleo após os produtores que não são membros da Opep não assumirem nenhum compromisso específico para se juntar à organização na decisão de limitar os níveis de produção. [O/R]

- LOCALIZA recuou 1,17 por cento. No radar estava a notícia de que os sócios da Unidas, incluindo os gestores de fundos Kinea, Vinci Partners e GIF, venderam fatia de 20 por cento na empresa para a norte-americana Enterprise Holdings, maior companhia de locação de veículos do mundo em receita, com as marcas Alamo, Enterprise e National.

Acompanhe tudo sobre:B3BancosDólar

Mais de Mercados

Casas Bahia reduz prejuízo e eleva margens, mas vendas seguem fracas; CEO está confiante na retomada

Tencent aumenta lucro em 47% no 3º trimestre com forte desempenho em jogos e publicidade

Ações da Americanas dobram de preço após lucro extraordinário com a reestruturação da dívida

Na casa do Mickey Mouse, streaming salva o dia e impulsiona ações da Disney