Bovespa: principal índice da Bolsa teve queda de 2,62% e fechou abaixo dos 40 mil pontos (REUTERS/Nacho Doce)
Da Redação
Publicado em 11 de fevereiro de 2016 às 19h02.
São Paulo - A aversão ao risco global atingiu a Bovespa, que fechou nesta quinta-feira, 11, em queda pela terceira sessão consecutiva. O Ibovespa perdeu na largada o nível de 40 mil pontos e, perto do final, chegou a operar na casa dos 38 mil, se recuperando um pouco no final, quando Wall Street também suavizou as perdas.
O Ibovespa terminou a sessão com baixa de 2,62%, aos 39.318,60 pontos. Na mínima, marcou 38.928 pontos (-3,59%) e, na máxima, 40.370 pontos (-0,02%). Nestes três pregões, cedeu 3,68%. No mês, cai 2,69%, e, no ano, 9,30%. O giro financeiro totalizou R$ 4,810 bilhões, segundo dados preliminares.
No começo do dia, os investidores reagiram à onda baixista que assolou as bolsas globais, por conta do recuo de commodities como o petróleo, que operou hoje abaixo de US$ 27 o barril na Nymex praticamente o dia todo.
Noticiários corporativos relacionados ao setor também prejudicaram os negócios, com destaque para o prejuízo da Rio Tinto em 2015 e para a queda da produção de cobre e zinco da Glencore no quarto trimestre.
Na Nymex, o contrato do petróleo para março caiu 4,52%, a US$ 26,21 o barril. Em Londres, o contrato para abril recuou 2,53%, a US$ 30,06 o barril. Nos EUA, o Dow Jones operava em queda de 1,41%, às 18h, o S&P cedia 1,04% e o Nasdaq tinha baixa de 0,30%.
Aqui, a ação ON da Petrobras caiu 3,43% e a PN, 1,86%. Vale recuou 3,24% na ON e 4,14% na PNA. Mas foi o setor siderúrgico que realmente exibiu perdas vultosas: Gerdau Metalúrgica PN caiu 15,44%, Usiminas PNA, 12,37%, Gerdau PN, 11,64%, e CSN ON, 10,80%.
Cabe destacar que os depoimentos da presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, na Câmara (ontem) e no Senado (hoje) dos EUA influenciaram o comportamento dos ativos. Embora na quarta-feira o mercado tenha visto com bons olhos sua fala, hoje, os agentes avaliaram que ela fez comentários muito negativos em relação à perspectiva da economia global, o que acabou alimentando o temor e a incerteza dos investidores.
À tarde, a notícia de que o governo adiou o corte orçamentário de amanhã para março não pegou bem na bolsa e coincidiu com mínimas da sessão no meio da tarde.
Apenas três ações terminaram em alta no Ibovespa hoje: MRV ON (+1,45%), Natura ON (+0,96%) e Suzano PNA (+0,93%).