B3: os negócios somaram R$ 7,1 bilhões, volume inferior à média das últimas semanas (Facebook/B3/Reprodução)
Estadão Conteúdo
Publicado em 19 de outubro de 2017 às 19h02.
São Paulo - O Índice Bovespa sucumbiu diante de um cenário internacional adverso e caiu 0,40% nesta quinta-feira, 19, aos 76.283,16 pontos.
As ações brasileiras foram afetadas por um aumento da aversão ao risco no mercado externo, em meio a um cenário doméstico marcado pela escassez de notícias relevantes e pela indefinição no que diz respeito à pauta de reformas.
Os negócios somaram R$ 7,1 bilhões, volume inferior à média das últimas semanas.
"A bolsa voltou a ter correções saudáveis em alguns papéis, mas também é possível perceber que o mercado parou para respirar. Não é algo que esteja acontecendo somente com o Brasil. É um movimento que atinge todos os emergentes, que estão aquém do que estiveram nos últimos meses", disse William Castro Alves, diretor da Valor Gestora de Recursos.
Na mínima do dia, o Ibovespa chegou a cair 1,60% (75.365,53 pontos). A queda foi amenizada pela virada das ações da Vale para o terreno positivo, com reflexos também no setor siderúrgico.
Antes, operavam em baixa acompanhando a deterioração externo, com números piores da economia da China e a queda do minério de ferro.
À tarde, foram beneficiados pela melhora dos índices de metais do mercado internacional, que impulsionaram Vale ON para uma alta de 2,26% no final dos negócios.
Pela manhã, a mineradora informou que atingiu uma produção recorde de minério de ferro no terceiro trimestre, com volume de 95,111 milhões de toneladas, alta de 3,3% sobre o mesmo período de 2016.
Ainda no que diz respeito a ações ligadas a commodities, as da Petrobras operaram em baixa durante todo o dia, diretamente influenciadas pelas quedas dos preços do petróleo. Petrobras ON e PN terminaram o dia com baixas de 0,66% e 0,06%, respectivamente.
O setor financeiro voltou a ser ter desempenho determinante para a queda do Ibovespa, dada a sua expressiva participação na composição do índice.
As quedas seguem sendo atribuídas à realização de lucros recentes, uma vez que os papéis contabilizam alta significativa em outubro e no ano.
As units do Santander, por exemplo, ainda acumulam alta de 9,66% em outubro, apesar da queda de 1,24% hoje.
Banco do Brasil ON, que hoje recuou 0,67%, tem alta de 6,53% em outubro. O Ibovespa contabiliza alta de 2,68% no mês.