Pregão eletrônico da BM&FBovespa: queda no rating da Irlanda tirou expectativa de alta do índice (Germano Lüders/EXAME)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2011 às 17h59.
São Paulo - As bolsas tiveram mais um dia de ganhos no vazio. Embora a chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente da França, Nicolas Sarkozy, tenham anunciado um acordo para alguns dos problemas da zona do euro, o detalhamento não veio. Isso não impediu os investidores de voltarem às compras e, no caso da Bovespa, de a levarem de volta aos 53 mil pontos.
O Ibovespa subiu 3,96%, maior ganho porcentual desde os 5,10% do dia 9 de agosto passado (alta de 5,10%). Terminou nos 53.273,11 pontos. Na mínima do dia, registrou 51.244 pontos (estabilidade) e, na máxima, os 53.292 pontos (+4%). No mês, passou a acumular ganhos pela primeira vez, de 1,81%, mas, no ano, cai 23,13%.
Segundo os profissionais, a Bovespa seguiu o otimismo externo, diante da expectativa de que não haverá um 'segundo Lehman (Brothers, banco que quebrou em 2008)' e que há alguma união dos governantes da região para resolver os problemas. Essa união veio do encontro de ontem entre Merkel e Sarkozy, no qual ambos garantiram que "estão determinados a fazer o necessário para garantir a recapitalização dos bancos europeus". Eles não deram detalhamento, o que só deve ser realizado após as medidas serem discutidas com os outros líderes europeus. Os investidores, no entanto, não se importaram.
As bolsas europeias tiveram ganhos firmes, também por causa da notícia de que os governos de Bélgica, França e Luxemburgo chegaram a um acordo para solucionar a situação do Dexia. Nos EUA, apesar do feriado do Dia do Colombo, as bolsas funcionaram. Dow Jones subiu 2,97%, aos 11.433,18 pontos, o S&P avançou 3,41%, aos 1.194,89 pontos, e o Nasdaq ganhou 3,50%, aos 2.566,05 pontos. No Brasil, Vale ON subiu 3,13% e PNA, 3,24%. Petrobras ON ganhou 3,82% e PN, 3,33%. Na Nymex, o contrato do petróleo para novembro ficou 2,93% mais caro, a US$ 85,41 o barril.