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O Ibovespa rumo aos 100 mil pontos? E depois, até onde vai?

O índice brasileiro subiu 2,24% ontem e quase bateu os 99.000 pontos, mas ainda acumula queda de 17% em relação aos 118.000 pontos em que abriu 2020

Ibovespa: Bolsa pode recuperar os 100 mil pontos pela primeira vez desde março (Cris Faga/NurPhoto/Getty Images)

Ibovespa: Bolsa pode recuperar os 100 mil pontos pela primeira vez desde março (Cris Faga/NurPhoto/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 7 de julho de 2020 às 06h54.

Última atualização em 7 de julho de 2020 às 10h14.

A dúvida do dia para analistas e investidores é se o Ibovespa vai romper a barreira dos 100 mil pontos -- e até onde pode ir depois disso. Ontem, o Ibovespa subiu 2,24% e chegou aos 98.937 pontos, o maior nível desde 5 de março, quando fechou em 102.233 pontos.

O índice brasileiro ainda acumula queda de 17% em relação aos 118.000 pontos em que abriu 2020. Nos Estados Unidos, o S&P 500 está apenas 2 pontos abaixo do nível de abertura de 2020, e o Dow Jones está 9 pontos abaixo. Analistas vêem espaço para todos eles encurtarem essa diferença no segundo semestre.

O movimento de ontem, como destaca Bruno Lima, analista da Exame Research, foi puxado pelo otimismo externo, sobretudo com um impulso ao mercado de capitais vindo do governo chinês. Hoje e amanhã não devem ser divulgados indicadores globais que ajudem a puxar os índices para cima ou para baixo. Na quinta-feira, mais uma vez, os pedidos de seguro desemprego nos Estados Unidos devem ajudar a dar o tom nas mesas de negociação.

O que pode, portanto, mover os ponteiros do dia? Mais uma vez, as projeções sobre os efeitos da pandemia na economia. A União Europeia reduziu ainda mais as previsões de desempenho do pib para 2020 -- o tombo previsto passou de 7,4% para 8,3%, com recuperação de 5,8% em 2021. Já um executivo do Fed, o banco central americano, afirmou ao jornal britânico Financial Times que a recuperação está em risco com a segunda onda de casos de covid-19.

No Brasil, a política mais uma vez deve dividir a atenção dos invesidores. Hoje de manhã a agenda do presidente Jair Bolsonaro está livre à espera do resultado do Exame de covid-19 realizado ontem.

Lima chama atenção para o fato de o dólar ter mais uma vez valorizado ontem (5,25 reais), um sinal de que o risco segue no radar dos investidores. Nesta terça-feira, as principais bolsas da Europa abriram o dia em queda de mais de 1%. A barreira dos 100 mil vai seguir intacta? Ou o otimismo vai prevalecer mais uma vez?

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