Mercados

Ibovespa recua por realização de lucros e deixa faixa de 89 mil pontos

Índice de referência do mercado acionário brasileiro caiu 1,04%, a 88.668,92 pontos

Ibovespa: recuo interrompeu série de quatro altas do Ibovespa, que acumulou no período ganho de quase 7% (Germano Lüders/Site Exame)

Ibovespa: recuo interrompeu série de quatro altas do Ibovespa, que acumulou no período ganho de quase 7% (Germano Lüders/Site Exame)

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Reuters

Publicado em 6 de novembro de 2018 às 18h10.

Última atualização em 6 de novembro de 2018 às 18h33.

São Paulo - O Ibovespa fechou em queda nesta terça-feira, 6, após atingir na véspera máxima histórica, pressionado por movimentos de realização de lucros, em sessão recheada de balanços corporativos, entre eles o da Petrobras e da Magazine Luiza.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 1,04 por cento, a 88.668,92 pontos. O volume financeiro totalizou 14,58 bilhões de reais.

O declínio quebrou uma série de quatro altas do Ibovespa, que acumulou no período ganho de quase 7 por cento, encerrando a segunda-feira a 89.598,16 pontos, nível recorde.

O viés positivo em Wall Street em boa parte da sessão afastou o pregão brasileiro das mínimas, quando o Ibovespa caiu 1,7 por cento, mas o enfraquecimento em Nova York no final da tarde pesou no mercado doméstico. Nos Estados Unidos, o foco estava nas eleições para o Congresso norte-americano, que tende a moldar a gestão de Donald Trump à frente.

De acordo com profissionais da área de renda variável, investidores encontraram em resultados corporativos aquém do esperado e na cautela com a eleição nos EUA argumentos para realizar lucros, após ganhos fortes na bolsa.

Em outubro, o Ibovespa subiu cerca de 10 por cento, mas alguns papéis tiveram desempenho muito mais forte, como as preferenciais da Petrobras, que acumularam no mês passado elevação em torno de 30 por cento.

A Adam Capital afirmou no resumo gerencial de seus fundos que a definição da corrida eleitoral com a escolha de um candidato comprometido com reformas necessárias para destravar a economia promoveu significativa valorização dos ativos locais. "A retomada gradual da atividade, do mercado de trabalho e a inflação controlada, seguem respaldando o movimento mais positivo para o novo governo", afirma o relatório da equipe liderada pelo gestor Márcio Appel.

Destaques

- PETROBRAS PN caiu 3,44 por cento e PETROBRAS ON recuou 2,58 por cento, mesmo após a petrolífera de controle estatal reportar lucro líquido de 6,6 bilhões de reais no terceiro trimestre e anunciar a distribuição de 1,3 bilhão de reais em remuneração a acionistas, conforme alguns resultados operacionais ficaram aquém do esperado. Analistas, contudo, reiteraram a visão positiva para a companhia. A queda do petróleo no exterior endossou o movimento de realização de lucros nos papéis.

- MAGAZINE LUIZA sofreu um tombo de 8,36 por cento, com piora nas margens do terceiro trimestre corroborando ajuste negativo nos papéis, que acumulavam até a véspera alta de mais de 100 por cento em 2018. O Morgan Stanley avaliou que os dados de vendas continuaram sólidos, mas disse que os mesmos foram ofuscados por pressões de margens com investimentos maiores no comércio eletrônico e resultados piores em crédito. Em teleconferência, a empresa disse que está menos focada em margem e mais em crescimento.

- KROTON caiu 5,54 por cento, tendo no radar relatório do Morgan Stanley cortando a recomendação dos papéis para "equal weight", com o analista Javier Martinez afirmando que não espera uma recuperação cíclica até 2020 e uma recuperação do lucro por ação até 2021.

- MARFRIG subiu 1,22 por cento, após divulgar prejuízo menor no terceiro trimestre, enquanto o desempenho operacional medido pelo Ebitda cresceu quase cinco vezes na comparação anual, para 1,055 bilhão de reais de julho a setembro. O BTG Pactual disse que o Ebitda e as vendas da empresa superaram as suas expectativas.

- AMBEV avançou 1,09 por cento, em nova sessão de recuperação, a sétima seguida, após atingir mínima intradia desde 2015 no mês passado, em meio a preocupações com os efeitos da competição no setor de bebidas.

- BRADESCO PN caiu 1,08 por cento, após ganhos fortes nas últimas sessões, enquanto ITAÚ UNIBANCO PN subiu 0,63 por cento. BANCO DO BRASIL recuou 2,17 por cento e SANTANDER BRASIL UNIT encerrou com acréscimo de 0,7 por cento.

- VALE encerrou em baixa de 0,52 por cento, alinhada ao movimento de mineradoras no exterior.

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