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Ibovespa recua na abertura com exterior desfavorável

Às 10:51, o índice de referência do mercado acionário brasileiro caía 0,46 por cento, a 85.327,21 pontos

Imagem de arquivo: o Ibovespa recuava na manhã desta quarta-feira (Germano Lüders/EXAME.com/Exame)

Imagem de arquivo: o Ibovespa recuava na manhã desta quarta-feira (Germano Lüders/EXAME.com/Exame)

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Reuters

Publicado em 17 de outubro de 2018 às 11h12.

Última atualização em 17 de outubro de 2018 às 11h15.

O Ibovespa recuava na manhã desta quarta-feira, após fortes ganhos na véspera, tendo como pano de fundo um ambiente externo menos favorável e com as ações do setor elétrico liderando as perdas, com destaque para os papéis da Eletrobras após o Senado rejeitar projeto que ajudaria na privatização da companhia.

Às 10:51, o índice de referência do mercado acionário brasileiro caía 0,46 por cento, a 85.327,21 pontos. O volume financeiro somava 2,1 bilhões de reais.

Na terça-feira, o Ibovespa avançou 2,83 por cento, fechando a 85.717,56 pontos, beneficiado por fortes ganhos nos pregões em Nova York.

"Após o forte movimento na bolsa brasileira e nos índices norte-americanos na sessão da véspera, os mercados domésticos podem passar hoje por algum ajuste", afirmou a equipe da corretora Ágora, avaliando que o clima de maior cautela reflete as expectativas pela agenda econômica do dia.

Entre os destaques está a ata da última reunião de política monetária do banco central dos Estados Unidos, o Federal Reserve, prevista para as 15h (horário de Brasília).

Em Wall Street, os principais índices acionários mostravam alguma fraqueza no começo do pregão, sem uma direção única, com resultados da IBM desapontando e cautela antes da ata do Fed. O S&P 500 perdia 0,24 por cento.

A ausência de novidades relevantes sobre a disputa presidencial tende a manter o foco do mercado voltado para o exterior, assim como para o noticiário corporativo, com algumas prévias operacionais, entre outros comunicados, a poucos dias do começo da temporada de balanços no país.

Destaques

- ELETROBRAS PNB desabava 6,2 por cento e ELETROBRAS ON caía 7,78 por cento, reagindo à decisão do Senado de rejeitar na terça-feira o projeto de lei que ajudaria na privatização de distribuidoras da elétrica, especialmente a unidade do Amazonas, cujo leilão está previsto para 25 de outubro.

- PETROBRAS PN cedia 1,05 por cento, pesando no Ibovespa, em sessão de queda dos preços do petróleo no exterior e corrigindo ganhos expressivos recentes. A decisão do Senado sobre as distribuidoras de Eletrobras também contaminava os negócios da petroleira, que tem dívidas a receber da distribuidora do Amazonas.

- VALE subia 0,5 por cento, destoando do viés negativo no pregão e ajudando a atenuar as perdas no Ibovespa, conforme mineradoras subiam no exterior também. Na véspera, a companhia disse que prevê obter um fluxo de caixa livre (excluindo desinvestimentos) de aproximadamente 10 bilhões de dólares em 2018, o que seria quase o triplo dos 3,4 bilhões de dólares do ano passado.

- ITAÚ UNIBANCO PN caía 0,8 por cento, também passando por correção, assim como BRADESCO PN, que recuava 0,6 por cento, SANTANDER BRASIL UNIT, que perdia 0,24 por cento, e BANCO DO BRASIL, em baixa de 0,43 por cento.

- CEMIG PN perdia 3,9 por cento, após o candidato ao governo de Minas Gerais Romeu Zema (Novo) abrandar o discurso sobre propostas de privatizações da companhia, bem como da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), segundo entrevista concedida ao G1. COPASA, que não está no Ibovespa, caía 4,06 por cento.

- CYRELA subia 0,46 por cento, em sessão volátil, após elevar em 72,7 por cento os lançamentos no terceiro trimestre ante igual período do ano passado, para 918 milhões de reais.

- CARREFOUR BRASIL, que não está no Ibovespa, tinha decréscimo de 1,56 por cento, tendo no radar dados de vendas no terceiro trimestre. Considerando a mesma base de lojas de um ano antes, as vendas brutas do grupo cresceram 5,1 por cento no período.

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