B3: investidores seguem atentos ao Congresso Nacional à espera que as medidas econômicas ganhem espaço na pauta (Germano Lüders/Site Exame)
Reuters
Publicado em 17 de agosto de 2017 às 12h40.
São Paulo - O principal índice da bolsa paulista operava em baixa nesta quinta-feira, após fechar no azul nos quatro pregões anteriores, com as ações da Eletrobras liderando as perdas após decisão determinando que a empresa devolva 3 bilhões de reais a um fundo do setor elétrico.
Às 12:07, o Ibovespa caía 0,14 por cento, a 68.499 pontos. O giro financeiro era de 2,35 bilhões de reais.
No campo político, investidores seguem atentos ao Congresso Nacional à espera que as medidas econômicas ganhem espaço na pauta.
"O clima no Congresso é arredio ao governo. O tempo passa e a preocupação com reforma política domina as atenções. Sem entendimento, tudo está sendo adiado e o Planalto fica refém da agenda do Congresso", escreveram analistas da corretora Lerosa Investimentos, em nota a clientes.
A Câmara dos Deputados adiou para a próxima semana a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que institui um fundo público de financiamento de campanhas e estabelece o chamado "distritão" para eleições legislativas.
Já a proposta de estabelecimento da Taxa de Longo Prazo (TLP) para os empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) conseguiu, depois de um atraso de uma semana, avançar uma barreira e aproximou-se da votação em comissão na próxima semana.
- Eletrobras ON caía 1,94 por cento e Eletrobras PNB perdia 2,91 por cento, após a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) determinar que a empresa terá que devolver cerca de 3 bilhões de reais à Conta de Consumo de Combustíveis (CCC), fundo do setor elétrico que destina recursos para custear o funcionamento de termelétricas principalmente no Norte do país. Segundo analistas da corretora Coinvalores, a notícia deve pressionar as ações da empresa no curto prazo, uma vez que a situação financeira da elétrica já é "bastante delicada".
- Weg ON tinha queda de 1,32 por cento, em movimento de ajuste após subir nos cinco pregões anteriores, acumulando alta de 6,53 por cento no período.
- Itaú Unibanco PN recuava 0,58 por cento e Bradesco PN tinha baixa de 0,15 por cento, ajudando o tom negativo do índice devido ao peso dos papéis em sua composição.
- Petrobras PN subia 0,69 por cento e Petrobras ON tinha alta de 1,25 por cento, acompanhando o movimento dos preços do petróleo no mercado internacional.
- Suzano Papel e Celulose PNA avançava 3,63 por cento, entre os destaques positivos do Ibovespa, após a empresa anunciar reajuste dos preços da celulose para clientes na Europa, China e América do Norte. FIBRIA ON ganhava 3,37 por cento.