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Ibovespa recua com cena eleitoral competitiva e exterior negativo

Às 10:50, o índice de referência do mercado acionário brasileiro caía 0,76 por cento, a 82.639,8 pontos

IMAGEM DE ARQUIVO: Nos últimos dois pregões, o Ibovespa acumulou alta de 5,9 por cento (Ralph Orlowski/Reuters)

IMAGEM DE ARQUIVO: Nos últimos dois pregões, o Ibovespa acumulou alta de 5,9 por cento (Ralph Orlowski/Reuters)

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Reuters

Publicado em 4 de outubro de 2018 às 11h25.

Última atualização em 4 de outubro de 2018 às 11h28.

São Paulo - O Ibovespa recuava nesta quinta-feira, após duas altas seguidas, tendo como pano de fundo viés negativo no exterior e nova pesquisa eleitoral mostrando um cenário ainda competitivo entre Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) na corrida presidencial, principalmente em um eventual segundo turno.

Às 10:50, o índice de referência do mercado acionário brasileiro caía 0,76 por cento, a 82.639,8 pontos. O volume financeiro somava 1,33 bilhão de reais.

Nos últimos dois pregões, o Ibovespa acumulou alta de 5,9 por cento.

 

 

Levantamento Ibope divulgado na noite de quarta-feira mostrou Bolsonaro com 32 por cento das intenções de voto, enquanto Haddad registrou 23 por cento. No levantamento anterior o candidato do PSL aparecia com 31 por cento e o petista somava 21 por cento.

Na simulação de segundo turno entre Bolsonaro e Haddad, o petista teria 43 por cento dos votos, contra 41 por cento do candidato do PSL. Como a margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais, os dois estão em empate técnico.

Na visão da corretora Brasil Plural, os números mostram que o forte crescimento de Bolsonaro apontado em pesquisa anterior mostrou acomodação e sugerem que a solução da eleição em primeiro turno ficou mais distante, embora não descarte novas alterações no cenário.

"O cenário mais provável, nesse momento, é mesmo a realização de segundo turno entre os candidatos do PSL e do PT", afirmou a equipe da Brasil Plural em nota distribuída a clientes, chamando a atenção ainda para pesquisa Datafolha prevista para a noite desta quinta-feira.

A pauta da noite também prevê debate entre os presidenciáveis na TV Globo, mas sem a presença de Bolsonaro por recomendação médica.

No exterior, a equipe da corretora Ágora destacou que o clima é de maior aversão a risco, em sessão de poucos indicadores relevantes. Em Wall Street, os principais índices acionários mostravam fraqueza na abertura, afetados pelo avanço nos rendimentos dos títulos do Tesouro norte-americano.

O movimento nos Treasuries era apoiado particularmente em robustos dados econômicos recentes e na visão otimista do Federal Reserve, o banco central dos EUA, para a maior economia do mundo. O yield do título de 10 anos situava-se ao redor de 3,18 por cento, ante 3,16 por cento na véspera.

Destaques

- ELETROBRAS PNB e ELETROBRAS ON recuavam 3,58 e 2,5 por cento, respectivamente, corrigindo um pouco os fortes ganhos nos últimos pregões.

- BANCO DO BRASIL perdia 1,11 por cento, desta vez capitaneando as perdas dos bancos, que também subiram fortemente nas últimas duas sessões. ITAÚ UNIBANCO PN cedia 1,2 por cento, BRADESCO PN caía 0,96 por cento e SANTANDER BRASIL UNIT recuava 0,33 por cento.

- PETROBRAS PN caía 1,93 por cento, acompanhando o ajuste negativo de outras empresas de controle estatal que também se valorizaram fortemente neste semana por expectativas com o desfecho eleitoral, e tendo ainda de pano de fundo o recuo dos preço do petróleo no exterior.

- VIA VAREJO UNIT cedia 4,5 por cento, liderando as perdas do setor de varejo e do Ibovespa.

- SUZANO subia 0,63 por cento, ensaiando recuperação após fortes perdas nesta semana, embora ainda acumule expressiva valorização em 2018, de cerca de 140 por cento.

- BRASKEM PNA valorizava-se 0,25 por cento, tendo no radar anúncio de aumento de preço para o polietileno (PE) e para polipropileno (PP) a partir deste mês, conforme noticiado pelo jornal Valor Econômico nesta quinta-feira.

- VALE subia 0,37 por cento, alinhada ao movimento positivo de outras mineradoras no exterior.

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